A unidade de inteligência do Congresso em Foco realizou a primeira rodada do ano do Painel do Poder, pesquisa junto a lideranças do Congresso Nacional muito útil para antecipar tendências de aprovação de temas legislativos e fornecer informações sobre as percepções dos deputados federais e senadores a respeito dos mais diversos assuntos.
Os resultados do levantamento, realizado entre 29 de março e 17 de abril, indicam uma reorganização da pauta parlamentar e aumento da resistência às reformas tributária e, em menor grau, administrativa. Em contrapartida, cresceu o apoio à privatização de estatais federais.
Pedimos aos parlamentares que dessem notas de 1 a 5 para expressar o grau de concordância com a transferência de empresas públicas à iniciativa privada. Quanto maior a nota, maior a concordância.
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Na rodada de dezembro de 2020, a privatização de estatais federais obteve 40% de notas mais altas (4 e 5). Agora, esse percentual passou para 47,89%. Já as notas 1 e 2 caíram de 34,3% para 33,8%.
Foi ainda maior a variação quando os líderes parlamentares foram questionados sobre as chances de aprovação de propostas legislativas relacionadas com a privatização. Nesse caso, as notas 1 e 2 despencaram de 57,2% para 29,6% e as notas mais altas dobraram – de 14,3% para 28,17%.
Essa mudança de percepções coincide com a recente aprovação da tramitação em regime de urgência do projeto de privatização dos Correios. A proposta (PL 591/2021), enviada pelo Executivo, mantém o monopólio da União para os serviços básicos, como cartas e impressos simples ou registrados, mas permite transferir ao setor privado a parte mais lucrativa do negócio postal: encomendas e mercadorias adquiridas por comércio eletrônico e por venda direta.
Já as percepções sobre a reforma administrativa (Proposta de Emenda Constitucional 32/2020) tiveram uma evolução curiosa. De um lado, caiu o nível de concordância com a proposta. As notas 1 e 2 aumentaram de 32,9% para 38,03% e as notas 4 e 5 caíram de 51,5% para 46,48%. Isso significa dizer que declinou o apoio dos líderes do Congresso à proposição.
Mas, por outro lado, cresceram os prognósticos quanto às chances de aprovação. Em relação a dezembro do ano passado, as notas mais baixas passaram de 50% para 40,84% e as mais elevadas, de 18,6% para 32,4%.
Uma previsão, portanto, que coincide com o anúncio feito pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de que a votação da reforma administrativa deve anteceder a da reforma tributária.
Lira prometia votar até o final do ano a reforma tributária, mas as 71 lideranças ouvidas já demonstravam não acreditar que isso vá acontecer. Ao contrário de levantamentos anteriores do Painel do Poder, nessa nova rodada de campo foram colhidas separadamente as percepções sobre as propostas em tramitação na Câmara (PEC 45/2019) e no Senado (PEC 110/2019).
Quando questionados em dezembro sobre a aprovação da “reforma tributária”, assim tratada de forma genérica, 35,7% dos líderes deram notas 4 e 5. Agora, os percentuais despencaram para 22,54% (PEC 45) e 15,5% (PEC 110). Ou seja: para os líderes, a reforma tributária “subiu no telhado”. Resta saber se Lira – ou qualquer outra liderança do Congresso – terá habilidade e força política suficientes para tirá-la de lá. Posteriormente ao encerramento da pesquisa de campo, houve o episódio da leitura do relatório da Reforma Tributária, pelo Dep. Aguinaldo Silva, no mesmo dia anulada pelo Presidente da Câmara, que parece ter embarcado na proposta de Paulo Guedes de enviar uma Reforma Tributária fatiada. Decisão essa que, segundo os prognósticos, significa uma pá de cal na proposta, conforme já vinha sendo sinalizado no Farol Político.
Veja abaixo um resumo das percepções dos parlamentares, nesta tabela-síntese para as notas 4 e 5 dos três levantamentos mais recentes do Painel do Poder.
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Sou pela privatização ampla, geral e irrestrita. Acho q ao Estado basta gerir muito bem uns 5 ou 6 serviços essenciais, como Educação, Saúde, Segurança e Infraestrutura. O resto é é descartar para a iniciativa privada. Para quê nós serve a EBC, por exemplo? Como essa estatal, temos centenas q só despesas nos dão. Veja a Petrobrás, na qual o governo ainda tem um pé dentro, qual benefício nos traz esse monstro? Se dá lucros, tudo é dividido entre funcionários e acionistas. Nós, o Povo, só ficamos chupando o dedo.
Não considero que a iniciativa privada seja ”descarte”.
”Descarte” é uma palavra pejorativa.
Tínhamos que descartar era uns 25 partidos políticos e ficar só com uns 5 ou 6, como em todas as democracias modernas.
(kekeke!!!)
Tem razão, mas falei “descarte” de nosso ponto de vista, ou seja, estatais e autarquias, quase sempre não são úteis para o Povo. Serviço Público, aliás, não é para dar lucro, mas para servir. Se não nos serve, deve ser extinto. A iniciativa privada, ao contrário, sabe gerir e lucra…
Que susto.kkk eu pensei que era privatização do congresso.kkk
Isso ninguém quer, teria que mandar embora pelo menos 50% dos ”empregados”
50% é pouco. Um bom aplicativo reduziria metade desses parlamentares que está lá por causa dos privilégios.. não estão nem aí para os brasileiros..
30 e tal partidos.
Isso existe em alguma democracia ”nórdica” de nossa estima?
Jorge, nós podemos ter 60 partidos..o que não podemos é ter financiamento público para os partidos. Tem mais uma coisa ordinária nesse processo todo. Todos os partidos devem pra previdência. Absurdo. Mas o problema para os defensores de privilégios é o Bolsonaro..
Tinha que privatizar as Forças Armadas só geram custo e não trazem nenhum beneficio ao contribuinte, se bem que quem vai se trouxa de comprar um monte de mamateiro pra sustentar??
Equivoca-se, colega. Defesa é para custar muuuito e devemos torcer para q nunca seja necessário usá-la. Deus permita que nossos Soldados permaneçam aquartelados, comendo muita picanha assada e tomando muito leite condensado. Que Deus nos livre de tamanha desgraça, mas serão eles, os nossos Soldados, q estarão prontos a dar a vida deles em nosso benefício. Um Salve para nossas gloriosas Forças Armadas.
Tinha que privatizar era a Petrobras.
A Vale do Rio Doce foi privatizada e o governo ladrão que entrou depois não conseguiu mais roubar lá dentro.
Por isso que eles são contra a privatização.
A culpa do Petrolão é do FHC.
Acordem brasileiros ver quem esta comprando as estatais, quando os banqueiros começar a ter prejuízo essas empresas serão fechadas, e o povão ficará sem o serviço e os funcionários serão demitidos sem nem um pudor dos seus administradores.
Você tem rara percepção econômica.
O ”banqueiro” vai comprar a estatal só para fechar ela e demitir todo mundo.
E ainda deixar o consumidor sem serviço.