O presidente Jair Bolsonaro anunciou na noite desta sexta-feira (19) a substituição de Roberto Castello Branco pelo general Joaquim Silva e Luna na presidência da Petrobras. A mudança ocorre um dia depois de o presidente criticar a gestão da estatal e dizer que mudanças viriam em razão dos sucessivos aumentos de preço dos combustíveis. A indicação do presidente precisa ser aprovada pelo conselho administrativo da estatal.
“O governo decidiu indicar o senhor Joaquim Silva e Luna para cumprir uma nova missão, como conselheiro de administração e presidente da Petrobras, após o encerramento do ciclo, superior a dois anos, do atual presidente, senhor Roberto Castello Branco”, afirma a publicação feita por Bolsonaro, com cabeçalho do Ministério de Minas e Energia, em suas redes sociais.
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General do Exército, Joaquim Silva Luna foi ministro da Defesa no governo Michel Temer, entre 26 de fevereiro de 2018 e 1 de janeiro de 2019. A ameaça feita ontem por Bolsonaro de mudanças na Petrobras afetou negativamente o mercado durante todo o dia. A Petrobras perdeu R$ 28,2 bilhões em valor de mercado nesta sexta. As declarações de ontem e de Bolsonaro reverberaram como uma ameaça à independência da empresa.
As ações preferenciais da petroleira (PETR4) caíram 6,12% e as ordinárias (PETR3), que têm direito a voto, encolheram 7,54%. Com isso, a Petrobras, que valia R$ 383 bilhões na quinta, fechou a sessão desta sexta valendo R$ 354,8 bilhões, de acordo com a Economática.
As declarações de Bolsonaro vão na contramão do discurso prometido por ele na campanha e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, responsável pela indicação de Castello Branco para o cargo. “Teremos mudança sim na Petrobras. Jamais vamos interferir nesta grande empresa e na sua política de preços, mas o povo não pode ser surpreendido com certos reajustes”, disse Bolsonaro mais cedo nesta sexta, em Pernambuco.
Em sua live semanal no Facebook, Bolsonaro disse nessa quinta que vai zerar os impostos federais sobre o diesel por dois meses e os do gás de cozinha por tempo indeterminado. Até o início da noite desta sexta o Ministério da Economia não informou o impacto financeiro da medida nem se haverá compensações.
Na mesma transmissão, Bolsonaro reclamou dos sucessivos aumentos da Petrobras e ameaçou Castelo Branco. “Não posso interferir e nem iria interferir (na empresa). Se bem que alguma coisa vai acontecer na Petrobrás nos próximos dias, tem de mudar alguma coisa”, disse. “A partir de 1º de março não haverá qualquer imposto federal no diesel. Nesses dois meses, vamos estudar uma maneira definitiva de zerar esse imposto até para ajudar a contrabalancear esse aumento excessivo da Petrobras”, disse o presidente. “Hoje [ontem] à tarde, reunido com a equipe econômica, tendo à frente o ministro Paulo Guedes, decisão nossa: a partir de 1º de março agora, não haverá mais qualquer tributo federal no gás de cozinha, ad eternum“, acrescentou.
Os impostos federais que recaem sobre o diesel são PIS, Cofins e Cide. Na manhã dessa quinta, a Petrobras aumentou em 15,2% o valor do diesel e em 10,2% o da gasolina. Em 2021, diesel e a gasolina já acumulam alta de 27,5% e 34,8%, respectivamente. Para o presidente, o aumento anunciado nesta quinta foi “fora da curva” e “excessivo”. Com o anúncio, Bolsonaro tenta acalmar os caminhoneiros, categoria que apoiou sua eleição mas anda insatisfeita com o governo, em grande parte pelo preço do combustível. “Como disse o presidente da Petrobras, há poucos dias: ‘Eu não tenho nada a ver com caminhoneiro’. Foi o que ele falou. Isso vai ter uma consequência, obviamente”, disse o presidente da República.
Veja a nota com o anúncio de Bolsonaro.
Eu acho errado intervir em estatal.
Mas uma empresa monopolística não pode aumentar o preço do produto que vende em 37,5% em 2 meses.
Nada subiu desse jeito, nem o dólar, que seria a justificativa.
Pois é, Jorge, mas a Petrobras é empresa de capital aberto. Tem milhares de acionistas, incluindo aí a União. A Direção segue as regras de mercado. O melhor que a União faz é vender suas ações e deixar tudo para a iniciativa privada. O Estado não tem que se meter nisso, não é para dar lucro. Dia desses, fui dar uma olhada e fiquei impressionado com a multidão de empresas estatais, fundações, serviços, autarquias… uma infinidade de empresas que são penduricalhos da União, Estados e Municípios, sendo que não há retorno algum, porque tudo é desviado ou mal empregado. Lembre-se do caso de Pasadena, comprada com um superfaturamento de US$ 659,4 milhões pela Dilma, que nem levou em conta o estado deplorável da usina (depois a Petrobras vendeu aquilo para a Chevron, me parece, com um prejuízo lascado…). Ou seja, o Estado sempre foi um péssimo gestor e já faz muito se se preocupar com Saúde, Educação, Segurança e Infraestrutura, mais uns 2 ou 3 serviços e pronto. O resto é dar de graça pros outros que ainda é melhor do que ficar servindo de cabides de emprego para a vagabundagem. Esse Bolsonaro aí, que se dizia liberal, deseja apenas perpetuar a mesmice de sempre, tudo com interesses escusos. Sou a favor da privatização ampla, geral e irrestrita.
Não sei… Mas acho que o prazo de validade do Capitão Encrenca aproxima-se do vencimento.
Em campanha, o Cloroquina dizia-se anti-corrupção e até aproveitou-se do prestígio de Moro. Por fim, foi um golpe (!) aplicado contra o juiz da Lava Jato, pois o retirou do caso com falsas promessas, contando com a vaidade de Moro, que trocou um pombo na mão por dois voando. Foi só Moro levantar o tapete que escondia a sujeira que sua permanência desandou. O Encrenca, portanto, bravateou com seus eleitores qdo prometeu empenho contra a corrupção. E assim ocorreu com outros casos e outras áreas. Agora mesmo, na Economia, enrola o Povo dizendo-se privatista, mas é um tremendo estatista. Guedes serve para quê? Contenta-se com uma merreca de 30 ou 40 mil de salário, sem que ele precise disso, pois é muito rico. Não deixará legado algum. Na Saúde, é o que vemos e nem é necessário comentar. Quem relampejou algum brilho perto do Encrenca, foi despachado para fora do governo, pois o Encrenca é um tremendo complexado, um frustrado, quase um Daniel Silveira… Bolsonaro não tinha nada que se meter com com a Petrobras, que é uma empresa de capital aberto… Trouxe um prejuízo enorme… Na verdade, é uma espécie de Dilma Rousseff…
A Dilma também se meteu com a Petrobras e com todas as maracutaias que causaram um tombo de mais de 88 bilhões, declarados no balanço da empresa, em outubro de 2015. Sem contar Pasadena, Abreu e Lima, etc, etc.
É verdade. Dilma é uma destrambelhada. Como se já não nos tivesse bastado mais de 14 anos de PT, elegemos Bolsonaro, q
sempre foi um encrenqueiro.
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Pra ficar igual falta só comprar uma refinaria por 25 o valor real dela.
E justificar dizendo que ”assinou sem ler”…
kekeke!!!
A dupla “BOLSODILMA” seria uma piada trágica (acho q isso só existe em filmes de terror).
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Não deveria trocar o presidente da estatal, deveria vender essa estatal inteira, eu como um brasileiro comum, sou um “acionista” dessa coisa “pública” e não faria a menor diferença saber que a gasolina que uso vem de empresas que não são “nossas” e que na realidade se transformou em um vetor de impostos de todos os tipos!