O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) informou em nota que não vai adiar a data da eleição para seu presidente, prevista para acontecer no dia 20. A decisão contraria a vontade de Guido Mantega, membro do gabinete de transição para o governo Lula (PT), que desejava o adiamento para que o novo governo pudesse fazer uma indicação própria no lugar de Ilan Goldfajn, economista indicado por Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com o banco, não há justificativa para um adiamento, uma vez que isso não é previsto no regulamento. Mantega teme que, dessa forma, o Brasil perca competitividade no pleito, alegando que apesar de não questionar a competência de Goldfajn, sua indicação não atende aos interesses dos países latinoamericanos, mas sim do ex-presidente estadunidense Donald Trump.
O pedido do PT pelo adiamento, além de não surtir o efeito desejado, repercutiu de forma negativa no Brasil. Henrique Meirelles (MDB), ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da fazenda, a tentativa de interferência na indicação de Goldfajn foi uma decisão partidária, e não técnica.
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A executiva nacional do PSDB já aprofundou a crítica, encaminhando uma nota contra a postura de Guido Mantega onde afirma que “Ao boicotar a candidatura de Ilan Goldfajn à diretoria do BID, o ex-ministro Guido Mantega, além de atropelar os trâmites da instituição, mostra a pior face do PT: a incompreensão de certos processo democráticos”.
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