Antes do início da reunião desta quinta-feira (13), o presidente da comissão especial da reforma da Previdência, Marcelo Ramos (PL-AM), costurou um acordo com deputados da situação e da oposição para destravar a votação da proposta no colegiado. Os oposicionistas pretendiam obstruir a partir de hoje a apresentação do relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) favorável à reforma.
Pelo entendimento, Samuel lerá apenas o seu voto, e não a íntegra do relatório, o que demandaria cerca de cinco horas. Antes disso, porém, falarão sete líderes de cada lado. Cada um terá três minutos para defender a aprovação ou a rejeição do texto.
Já na semana que vem, quando as reuniões serão destinadas à discussão da proposta, todos os 513 deputados estarão aptos a fazer uso da palavra, sejam eles membros (15 minutos para cada) ou não do colegiado (10 minutos). Com isso, segundo a assessoria de Marcelo Ramos, a data de votação deve ser definida conforme o número de inscritos e o grau de divergência entre os parlamentares. Até o momento já se inscreveram 27 líderes e 100 deputados.
Samuel Moreira acolheu pedidos de líderes partidários e fez várias alterações no texto (veja as principais mudanças). O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defende que a votação na comissão se dê no dia 25, a tempo de que a proposta seja apreciada no plenário antes do recesso parlamentar, que começa em 17 de julho. Marcelo Ramos, no entanto, diz que fará de tudo para que a proposta seja aprovada ainda no primeiro semestre legislativo, mas evita arriscar uma data para votação na comissão.
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A versão original do governo prevê uma economia de R$ 1,2 trilhão pelos próximos dez anos. Com as mudanças propostas pelo relator, a expectativa é que essa previsão caia para R$ 850 bilhões. O ministro da Economia, Paulo Guedes, condiciona sua permanência no cargo à aprovação da reforma. “Se só eu quero a reforma, vou embora para casa. Se eu sentir que o presidente não quer a reforma, a mídia está a fim só de bagunçar, a oposição quer tumultuar, explodir e correr o risco de ter um confronto sério… pego o avião e vou morar lá fora”, disse o ministro em entrevista à revista Veja.
>> Conheça as mudanças feitas pelo relator na reforma da Previdência
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