No México o problema foi uma greve no setor de educação. Aos professores e servidores que insistiram em continuar a trabalhar reservou-se uma sessão pública de humilhações que incluiu cortar-lhes os cabelos – sim, deixá-los carecas! Também este episódio foi provado com filmagens. No Reino Unido socorristas a poucas centenas de metros de um ser humano vítima de ataque cardíaco se recusaram a atendê-lo por estarem “no gozo de intervalo”, malgrado saberem que a ambulância mais próxima estava a uns 25 km de distância. A vítima do infarto morreu.Na Rússia uma grande empresa ofereceu um bônus às funcionárias que fossem trabalhar com saias bastante curtas. No Japão, 11,1% das empresas exigem das mulheres que trabalhem de salto alto. Diversas proíbem que usem óculos.
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O episódio seguinte vem da tão civilizada Suíça. Um dos maiores e mais respeitáveis conglomerados financeiros daquele país definiu que suas funcionárias deveriam utilizar roupas íntimas de cor vermelha, que contrastem com as blusas brancas do uniforme.
Finalizo em Israel, país notadamente religioso, onde uma empresa aérea estabeleceu que as comissárias deveriam usar saltos altos até o momento da decolagem da aeronave.
É estranho. Os milênios vão se passando e a humanidade ainda insiste em transformar locais de trabalho em campos de guerra!
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Aqui no Brasil não fica atrás. E o pior é ouvir pobre entrando na onda e criticando a Justiça do Trabalho, por exemplo…num país onde volta e meia encontramos pessoas em condições de trabalho análogas à escravidão.
Por aqui, adoram comparar com os EUA, principalmente. O trabalhador aqui, segundo os “liberais” de plantão, possuem muitos direitos e pesam muito para a bondosa empresa fazer o favor de pagá-los. Nos EUA não tem FGTS, férias, décimo terceiro nem nada disso. Mas eu acho que a comparação deve ser feita de forma completa. Paguem o salário de um trabalhador norte americano aqui, que eu tenho certeza de que muita gente não vai fazer questão de FGTS, décimo terceiro e etc. Agora, num país onde o salário mínimo é R$ 1.045,00, o equivalente a menos de 200 dólares na cotação atual e tem empresa que acha que tá fazendo favor? Tenha a santa paciência…
Ainda cito o exemplo de trabalhadoras norte-americanas que trabalham em granjas, que denunciaram que tinham que trabalhar de fraldas porque não lhes davam tempo para ir ao banheiro. O caso dos socorristas parece destonar dos outros casos, aonde eles parecem ser os vilões da história, mas a gente tem que considerar que os turnos de trabalho tem que prever o tempo de descanso alternado em caso de médicos, bombeiros, socorristas, etc… É sempre mais fácil culpar o lado mais fraco, no caso o trabalhador…
Por isso que é recorrente hoje, aqui no Brasil, o pensamento de que a culpa pelos males da economia são os trabalhadores. É o trabalhador que ganha muito, que tem muitos direitos, que cria caso com a “santidade” que é a empresa onde trabalha…e o mais interessante é atacarem a justiça do trabalho num país onde sempre estão achando pessoas em condições de trabalho análogas à escravidão….
Sim, é verdade. Na verdade essa conversa-mole neo-liberal já é antiga. Me lembro quando eu era guri, no começo das elelções livres após o fim da ditadura, a conversa era a mesma na boca dos “filhotes da ditadura”, como o Brizola os chamava, os políticos que descendiam da antiga Arena, que depois virou PDS. E, quando a gente acha que tudo isso tá superado, volta tudo de novo, no país que nunca muda…
E o que é pior é que tem gente que vai se ferrar ainda mais e bate palmas pra esses papos. Vai entender.
Por isso que eu digo que algumas pessoas não podem ver ninguém com chapéu de cowboy que já relincham e dão coice…se caírem de quatro vai ser duro de voltar a andarem sobre duas pernas, kkkkk