O ‘filho 03’ de Jair Bolsonaro, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), fez uma comparação entre os protestos antirracistas nos Estados Unidos com as recentes manifestações no Brasil contra o assassinato de João Alberto Siqueira Freitas. O brasileiro, um homem negro de 40 anos, foi espancado e morto por asfixia por dois seguranças de uma unidade do Carrefour em Porto Alegre.
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“Conseguiram seu George Floyd para, sob pretexto de combater o racismo, de maneira organizada destruir tudo até talvez conseguirem nova constituinte”, escreveu ele neste sábado (21).
-Aqueles que creem que vale tudo pelo poder irão aderir a atos de vandalismo chamando seus atores coniventemente de “manifestantes”
-A história apenas se repete pic.twitter.com/IEgYXNdkib
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— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) November 21, 2020
George Floyd foi um homem negro assassinado em Minneapolis em maio de 2020, estrangulado por um policial branco que ajoelhou em seu pescoço durante uma abordagem por supostamente usar uma nota falsificada de vinte dólares em um supermercado. Em vídeo registrado por testemunhas, a vítima implorou minutos antes de falecer: “Por favor, eu não posso respirar, por favor, cara”.
O assassinato de Floyd desencadeou uma série de protestos nos EUA e no mundo, no movimento Black Lives Matter (Vidas Pretas Importam, em tradução literal). Agora, com o assassinato do brasileiro, protestos também irromperam em algumas cidades do Brasil.
João Alberto foi assassinato no última dia 19, na véspera do Dia da Consciência Negra, data dedicada à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A efeméride coincide com o dia atribuído à morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, um dos maiores líderes negros do Brasil que lutou pela libertação do povo contra o sistema escravista.
Em vídeo acompanhando o tuíte, Eduardo diz que a esquerda é bem articulada em nível global e afirma que parlamentares brasileiros de esquerda podem quer “pegar o gancho nesse caso” e se colocar como defensora dos negros.
Eduardo também repudiou a agressão física e disse que os culpados devem ser condenados. O presidente, por sua vez, ainda não fez menção direta ao episódio, mas tem disparado retórica de que o povo brasileiro é miscigenado e de que não vê cor de pele. Em reunião virtual da cúpula do G20 nesta manhã, Bolsonaro disse que buscam promover uma divisão entre as raças para fomentar a desunião.
> A íntegra do vídeo da agressão contra João Alberto Silveira Freitas no Carrefour