Nós, revolucionários, encaramos a luta armada como uma luta política travada também, quando imprescindível e inescapável, por meio das armas.
É um recurso válido para combatermos inimigos que exerçam o terrorismo de estado e mantenham sua dominação mediante o uso desmedido da força, mas os alvos têm de ser sempre os combatentes contrários, não donas de casa, velhos, crianças, cegos, aleijados e outros indefesos.
O Estado Islâmico é uma abominação! Não passa de um instrumento bestial de vingança, que jamais libertará povo algum e vai causar uma imensidão de mortes inúteis até ser neutralizado.
De quebra, acaba de fornecer pretexto para uma nova escalada de assassinatos, torturas e ilegalidades, como a guerra ao terror subsequente ao atentado contra o World Trade Center.
Nenhum revolucionário deve tomar o partido do EI nem relativizar suas carnificinas, pois estará se acumpliciando com a barbárie.
Existimos para conduzir a humanidade a um estágio superior de civilização, não para devolvê-la às trevas medievais.
* Jornalista, escritor e ex-preso político. Edita o blogue Náufrago da Utopia.
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