Agentes da Polícia Federal cumprem, na manhã desta quarta-feira (12), mandado de busca e apreensão no apartamento do governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), em Campo Grande. A ação foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde o tucano é alvo de inquérito.
Candidato à reeleição, Azambuja foi delatado pelos empresários Joesley e Wesley Batista, do grupo J&F. Os delatores contaram que pagavam propina a agentes públicos no estado em troca de incentivos fiscais. A prática, segundo eles, envolvia a emissão de notas falsas pela compra de gado ou carne bovina.
De acordo com Wesley, o esquema em Mato Grosso do Sul começou em 1999, com o então governador Zeca do PT e prosseguiu com seus sucessores, André Puccinelli (MDB) e Azambuja. Na delação o empresário relatou que os pagamentos eram feitos em troca da redução da alíquota do ICMS no estado.
O Congresso em Foco não conseguiu localizar a defesa do governador de Mato Grosso do Sul. A ação contra Azambuja ocorre um dia após outro tucano, o ex-governador do Paraná Beto Richa, ser preso em Curitiba, acusado de receber propina em troca de favorecimentos no programa Patrulha Rural. Richa também foi alvo de busca e apreensão a mando do juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato.
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