Os advogados Rodrigo Roca e Luciana Pires vão substituir Frederick Wasseff na defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). A mudança foi confirmada nesta segunda-feira (22) pela assessoria do senador.
Roca foi advogado até 2018 do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral (MDB), condenado e preso na Operação Lava Jato.
Luciana Pires já advogava para Flávio na área eleitoral. Outros clientes dela foram o deputado federal Paulo Ramos (PDT-RJ) e a ex-deputada estadual Cidinha Campos (PDT-RJ).
Frederick Wassef é dono da casa onde foi encontrado o policial militar aposentado Fabrício Queiroz, ex assessor parlamentar de Flávio e próximo do presidente Jair Bolsonaro.
Queiroz foi preso em um imóvel que pertence ao advogado Wassef em Atibaia (SP). Assim como Flávio, Wassef negava saber do paradeiro de Queiroz. O advogado participou na semana passada da posse do ministro Fábio Faria à frente do Ministério das Comunicações na condição de amigo do presidente Jair Bolsonaro.
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Um dia antes de definir seus novos advogados, Flávio confirmou, por meio do Twitter, que Wasseff deixaria sua defesa. “Por decisão dele e contra a minha vontade, acreditando que está sendo usado para prejudicar a mim e ao presidente Bolsonaro, deixa a causa mesmo ciente de que nada fez de errado”, disse o senador.
PublicidadeA lealdade e a competência do advogado Frederick Wassef são ímpares e insubstituíveis. Contudo, por decisão dele e contra a minha vontade, acreditando que está sendo usado para prejudicar a mim e ao Presidente Bolsonaro, deixa a causa mesmo ciente de que nada fez de errado.
— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) June 21, 2020
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Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão de maneira considerada “atípica” pelo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf). A suspeita é de que o policial aposentado, que assessorou o filho do presidente na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, recolhia parte do salário de funcionários do gabinete e repassava o montante a Flávio, cuja evolução patrimonial também é objeto de investigação. Queiroz é amigo de Bolsonaro há mais de 30 anos. Desde o ano passado, ele se recusava a prestar depoimentos.
A prisão dele foi determinada após ação conjunta do Ministério Público de São Paulo e do Rio de Janeiro e da Polícia Civil paulista. Além dele, também são alvos da Operação Anjos outros quatro ex-funcionários de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, contra os quais foram cumpridos mandados de busca e apreensão. Entre eles, Alessandra Esteves Marins, que ainda trabalha para o senador.
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Eu não acredito em zero zero, nem 01, nem 02, nem 03, nem 04. Nem Wassef. Nem na explicação de sua dispensa. Você acredita em quê?