Dois dos ex-assessores do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) e um ex-auxiliar do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (sem partido), ambos investigados pelo MP-RJ, estiveram no gabinete do vereador no Palácio Pedro Ernesto, onde fica a Câmara Municipal do Rio de Janeiro, no dia 30 de outubro do ano passado. Conforme revelado por reportagem do jornal O Globo.
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O jornal obteve imagens da portaria da Câmara por meio da Lei de Acesso à informação (LAI). Os ex-assessores e os ex-auxiliares identificados, são investigados pelo Ministério Público pelo caso das “rachadinhas” ligadas ao gabinete do vereador Carlos Bolsonaro. No período da visita, segundo consta na matéria, nenhum deles frequentava a Câmara regularmente e não estavam vinculados como funcionários.
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Flávio e Carlos Bolsonaro são investigados pelo MP-RJ por suspeita uso de funcionários fantasmas e pela prática das “rachadinhas”, que consiste na devolução de salários de funcionários do gabinete para o parlamentar.
O jornal revelou que visitas dos ex-assessores não são frequentes, o último registro foi em 2015, sete anos após o desligamento das funções. Em outubro do ano passado, eles foram a Câmara com a sua mãe, também ex-funcionária do gabinete de Carlos, exonerada em 2019. Os outros ex-auxiliares, pai e filho, segundo a reportagem, estiveram no palácio Pedro Ernesto em junho.
Os dados mostram que no dia 30 de outubro, Carlos Bolsonaro registrou presença no plenário às 14h15. A audiência foi suspensa até às 15h40, naquele mesmo dia. O filho 03 do presidente esteve no Plenário até às 17h36 daquele dia, horário em que está registrada a sua última votação, depois disso, não há mais registros da sua presença no local.
PublicidadeInvestigações no Ministério Público contra Flávio e Carlos
Flávio é investigado desde julho de 2018 depois que um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) registrou uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhões na conta de Fabrício Queiroz, ex-assessor dele quando era deputado estadual.
Carlos é investigado pelo MP desde julho do ano passado. A investigação teve início após a revista Época revelar em junho que o vereador empregou sete parentes de Ana Cristina Valle. Entre estes, dois admitiram nunca terem trabalhado no gabinete do vereador. O Globo mostrou, em agosto, que outros assessores também negavam ter trabalhado para o político.
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