A chamada Operação Lava Jato, também conhecida como “petrolão”, continua atraindo os holofotes dos noticiários com uma sucessão impressionante de denúncias e revelações contra empresários, executivos e políticos de vários partidos.
A corrupção instalada na estrutura da maior empresa estatal brasileira, a Petrobras, não deixa dúvidas de que estamos diante de um momento histórico para a sociedade brasileira. Vamos continuar aceitando a relação espúria entre segmentos da política e do empresariado? Vamos continuar mostrando aos olhos do mundo um país pobre de representação política e que inspira pouca confiança aos investidores? Claro que não, mas que caminho devemos seguir?
Se formos olhar as redes sociais, veremos que a opção pelo impeachment da presidente Dilma está ganhando cada vez mais adeptos. Um desses grupos virtuais marcou para domingo que vem, 15 de março, manifestações em várias capitais pelo país, como São Paulo, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Aracaju, João Pessoa, Brasília, Teresina e outras.
Também na internet, um polêmico manifesto no site de abaixo-assinados Avaaz demonstra o clima que o Brasil está enfrentando. Até o momento, perto de 2 milhões de internautas dão o seu apoio à ideia do impeachment.
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Claro que o caminho até o impedimento de um presidente da República é longo e deve ser trilhado da maneira constitucionalmente indicada, com a devida votação no Congresso Nacional e, em caso de saída da presidente, a posse pelo vice-presidente. No caso, o deputado Michel Temer. E, obviamente, respaldado em denúncias e fatos devidamente comprovados, como no processo já instaurado no Supremo Tribunal Federal. Vale lembrar que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidiu não incluir a presidente Dilma na lista de possíveis investigados enviada ao Supremo na última semana.
Qualquer coisa fora disso fere o Estado democrático de direito e as instituições republicanas. E, por isso, deve ser firmemente rechaçada.
É importante que cada cidadão consciente e atuante se manifeste e exponha sem medo a sua opinião sobre temas que afetam a vida da sociedade. É uma maneira eficiente de fazer políticos entenderem a mensagem que, aos poucos, estamos passando de uma sociedade apática para um verdadeiro conjunto de agentes de cidadania, com propostas claras de políticas públicas e a disposição firme para o debate de novas ideias para o país.
Mas, claro, tão importante quanto se manifestar, é fazer isso com ordem, respeito aos outros e às leis. E principalmente, incentivar outros a fazerem o mesmo.
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