Com a demissão de Nelson Teich, formalizada neste sábado (16) no Diário Oficial da União (DOU), o general Eduardo Pazuello assume interinamente o comando do Ministério da Saúde. O nome do secretário-executivo agrada a ala militar do governo e ele poderá ser efetivado no comando do ministério.
A troca no ministério ocorre no auge da pandemia do coronavírus no Brasil, que deve superar a marca de 15 mil mortes neste sábado. Dados atualizados na noite de sexta indicavam 14.817 óbitos pela doença e 218.223 casos confirmados.
Formado pela Academia Militar das Agulhas Negras, em 1984, Pazuello coordenou a Operação Acolhida, responsável por refugiados da Venezuela no Brasil, e comandou a 12ª Região Militar, no Amazonas. De formação militar, Pazuello não tem relação com a medicina e foi colocado na pasta da Saúde por indicação do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o também general Augusto Heleno.
Pazuello assumiu o cargo de secretário-executivo no fim de abril em um contexto de tutela do então ministro Teich. Ele nomeou militares para os vários escalões do órgão, em uma espécie de intervenção militar na gestão.
Novas orientações para uso da cloroquina
Na interinidade, poderá caber ao general a definição de novos protocolos no uso da cloroquina, ponto de inflexão que contribuiu para as demissões de Teich e Luiz Henrique Mandetta. Mesmo sem respaldo da comunidade científica internacional e do Conselho Federal de Medicina (CFM), Bolsonaro insiste que o medicamento seja utilizado pelo país.
Em comunicado, a pasta informou que novas orientações de assistência aos pacientes com covid-19 estão sendo finalizadas. A medida, determinada pelo presidente, visa liberar o uso da cloroquina até mesmo em pacientes com sintomas leves. A orientação atual para as unidades de saúde é prescrever a substância apenas em casos moderados ou graves.
“O objetivo é iniciar o tratamento antes do seu agravamento e necessidade de utilização de UTI (Unidades de Terapia Intensiva). Assim, o documento abrangerá o atendimento aos casos leves, sendo descritas as propostas de disponibilidade de medicamentos, equipamentos e estruturas, e profissionais capacitados. As orientações buscam dar suporte aos profissionais de saúde do SUS (Sistema Único de Saúdel) e acesso aos usuários mais vulneráveis às melhores práticas que estão sendo aplicadas no Brasil e no mundo”, informou o ministério.
Comando do ministério
Caso o nome do general Pazuello não seja confirmado, outros cotados para o cargo são a médica oncologista Nise Yamaguchi, defensora do uso da hidroxicloroquina no tratamento da covid-19, e o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), ex-ministro da Cidadania de Bolsonaro. O presidente do Hospital Albert Einstein, Claudio Lottenberg, também está na bolsa de apostas.
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Podem botar qualquer ministro agora, até aquele osmar terra negador ferrenho da ciência, que não confiarei mais nem um pouquinho nesse ministério.
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