O Ministério da Saúde irá requisitar, centralizar e distribuir “toda e qualquer vacina registrada, produzida ou importada” no país. A afirmação foi atribuída ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que abordou o tema em seu Twitter nesta sexta-feira (11).
Na mensagem, Caiado disse que a atitude do governo federal é pensada para evitar a guerra entre os entes federados com relação à vacina. “Nenhum estado vai fazer politicagem e escolher quem vai viver ou morrer de covid“, escreveu o governador. Pazuello e Caiado se encontraram na manhã desta sexta na inauguração do Hospital Maternidade Municipal Célia Câmara, na capital goiana.
Toda e qualquer vacina registrada, produzida ou importada no País será requisitada, centralizada e distribuída aos Estados pelo Ministério da Saúde. Pazuello me informou isso aqui em Goiânia, hoje. Nenhum estado vai fazer politicagem e escolher quem vai viver ou morrer de Covid.
— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) December 11, 2020
O governo federal tem na vacina da farmacêutica AstraZeneca a sua principal aposta contra a covid-19. O imunizante ainda está em fase de testes pela Fiocruz. O estado de São Paulo anunciou que deverá começar sua vacinação em breve se valendo de outro produto, a Coronavac, da farmacêutica chinesa Sinovac Biotech. O governador paulista, João Doria (PSDB).
O tucano e Jair Bolsonaro vêm travando uma disputa política acerca da vacina. Ambos tentam minimizar perdas de capital político na disputa de 2022. Além de São Paulo, o Paraná têm acordo com a Rússia para aplicação da Sputnik V.
Como não há previsão sobre requisição deste tipo de bens na Lei 13.979/2020, que regulamenta o enfrentamento da covid-19, não está claro como o governo poderia fazer essa retenção. Por meio de nota o ministério da Saúde afirmou que em “nenhum momento” se manifestou “sobre confisco ou requerimento de vacinas adquiridas pelos estados.”
Confira nota do Ministério da Saúde na íntegra
“Todas as campanhas nacionais de vacinação são feitas por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), coordenado pelo Ministério da Saúde. As ações têm o apoio das secretarias estaduais e municipais de saúde e, dessa forma, é possível garantir que as vacinas cheguem a todos os estados/municípios e que o trabalho possa ser realizado com eficiência.
O PNI já demonstrou sua excelência ao longo dos 47 anos de campanhas bem-sucedidas, portanto, é ele que irá nortear, também, a campanha de vacinação contra a Covid-19. A situação de imunização dos brasileiros será acompanhada via aplicativo Conecte SUS, que terá a funcionalidade de uma carteira de vacinação virtual – o que será essencial para saber quantas doses foram aplicadas e de qual imunizante e, consequentemente, garantir a saúde dos cidadãos e o sucesso da campanha nacional.
Reiteramos que, em nenhum momento, o Ministério da Saúde se manifestou sobre confisco ou requerimento de vacinas adquiridas pelos estados.”
> Relatório da PEC Emergencial fica para 2021
> Congresso tenta evitar que gasto com vacina seja limitado pelo teto da saúde
É lamentável que o Governo Federal venha, agora, querer requisitar a vacina do Butantã, sendo que nem sequer, apresentou um plano de imunização e nunca demonstrou o menor interesse pela compra dessa vacina, coisa que já deveria ter feito, que só não o fez até agora pelo negacionismo imposto pelo governo, sem falar no interesse político que se sobrepõe aos interesses do País, negligenciando
e colocando em segundo plano a preocupação com a saúde dos brasileiros.
O Brasil chega atrasado, mais uma vez, devido a falta de uma coordenação e liderança por parte do Ministério da Saúde e é assustador e preocupante ver um ministro se submetendo a tudo isso, sabendo que está comprometendo e prejudicando todo um processo para iniciarmos uma vacinação o mais breve possível e que só a vacina poderá salvar vidas e a economia, já tão afetadas pela pandemia.
Será que eles não perceberam isso até agora?
Ainda bem que não estamos em guerra e que não precisamos de generais tecnólogos em logística do nível pazuello!
Fico impressionado com a situação do Pazuello. Será q é por dinheiro q ele suporta ser desautorizado vez por outra pelo Capitão Encrenca? Por último, teve q publicar q não disse nada sobre confisco de vacinas para o Caiado (mas creio q disse).
A medida é acertada. Contudo, vê-se nisso muito ciúme e intriga de Bolsonaro. Enquanto ele recomendava a Cloroquina, Dória empenhou-se em produzir a vacina. Agora a vacina do Butantã está bem adiantada, o Capitão Encrenca quer colher os loiros pelo trabalho de Dória. Centralizara a produção de vacinas.
Lamentável também a atuação demagógica do caiado em entrevista recente! Que coisa desprezível e de baixo nível!
O mauricinho botoxeado Doria surpreendeu, revelou-se um verdadeiro líder, mostrando que sabe agir sob pressão. Sou muito grato a ele por isso!
Pois é, rapaz, o Caiado me surpreendeu também. Mas ficou ruim para ele, pois Pazuello logo negou essa conversa de confisco. Se bem q, cá entre nós, Pazuello deve ter contado q confiscaria mesmo (kekeke!!!).