Heitor Diniz*
Eis a sapientíssima frase do presidente do Conselho de Ética do Senado, Paulo Duque (PMDB-RJ), insistindo na sua infeliz veia pseudo-humorística, ao comentar o vergonhoso arquivamento de todas as representações contra Sarney.
Não se sabe até onde vai a capacidade da casa dos horrores de nos provocar o arrepio da indignação. Fato é que, diariamente, o limiar do deboche e do escárnio vem sendo grotescamente superado.
Diária e sistematicamente, cresce o rombo da moralidade pública, provocado pelo Senado e por muitos de seus desastrados titulares, como Duque, Sarney, Renan, Wellington Salgado, Almeida Lima e todos os demais integrantes da tropa de choque.
Encurralado, Sarney “malufizou-se”, restando agora declarar que não conhece a si próprio, ou talvez sustentando que Sarney não é Sarney, ou que não conhece, entre outros, nem mesmo a própria esposa, filhos e netos. E como Maluf, caminha para se tornar uma anedota, vagando por corredores oficiais.
Sobre mentiras, há duas máximas, pelas quais adianto desculpas pela minha veemência: só não ruborizam os rostos de quem não tem vergonha na cara, e só não tem pernas curtas onde impera o rabo preso.
O “tranquilão” Paulo Duque é o retrato fiel do Senado: impunidade por atacado, tranquilidade absoluta e mediocridade produtiva.
*Heitor Diniz é jornalista em Belo Horizonte. Veja o blog.
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