Em ensaio que o Congresso em Foco publica com exclusividade, o pesquisador Mauro Márcio Oliveira mostra que o segundo turno das eleições presidenciais é um duro rito de passagem para os governadores já eleitos ou aqueles que disputam governos estaduais em segundo turno.
O caráter ainda centralizador da federação brasileira confere grande importância estratégica às alianças feitas por esses políticos com os aspirantes à Presidência da República. A vitória do candidato aliado pode ser um fator determinante para o êxito da administração do estado ou do Distrito Federal.
O contrário, afirma Mauro, também é verdadeiro: "Os riscos associados se convertem, eventualmente, em erro, que pode acompanhar o governador durante todo seu mandato". Para o autor, no entanto, "a neutralidade é a pior posição do governador eleito em primeiro turno", já que ela "poderia ser interpretada como uma barreira ao seu relacionamento, no futuro imediato, com o candidato à Presidência não apoiado, mas que venha a vencer o pleito presidencial".
Mauro Márcio Oliveira é doutor em Economia, foi consultor legislativo do Senado e é pesquisador associado da Universidade de Brasília (Unb). Escreveu, entre outros livros, Comissões parlamentares de inquérito do Senado Federal entre 1946 e 1989 – história e desempenho, Fontes de informações sobre a Assembléia Nacional Constituinte de 1987 – quais são, onde buscá-las e como usá-las e A lei agrícola no Brasil – a ambigüidade neoliberal na agricultura brasileira. Também edita o site www.comerciomodesto.info.
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