Edson Sardinha

Os 27 governadores eleitos informaram à Justiça eleitoral terem recebido, ao todo, R$ 398 milhões ao longo da campanha. Apenas dois informaram gastos abaixo da casa de R$ 1 milhão. O governador eleito do Acre, senador Tião Viana (PT), declarou ter recebido e gastado R$ 71,5 mil, a menor quantia entre todos os eleitos. O deputado estadual Camilo Capiberibe (PSB), que assumirá o governo do Amapá, informou ter arrecadado R$ 395,2 mil.

O valor gasto por Capiberibe é oito vezes inferior ao registrado pelo dono da terceira campanha mais barata, de acordo com as prestações de contas divulgadas pelo TSE. O governador eleito de Santa Catarina (DEM), senador Raimundo Colombo, declarou ter recebido R$ 3,23 milhões para fazer sua campanha.

O governador reeleito de Roraima, José de Anchieta Junior (PSDB), teve o voto mais caro. No estado de menor eleitorado do país, com 271.603 eleitores, o tucano arrecadou e gastou R$ 9,78 milhões, de acordo com os dados disponíveis no TSE. É como se cada um dos 107.466 votos obtidos por Anchieta no segundo turno tivesse custado R$ 91. Proporcionalmente, o governador de Roraima foi eleito com a campanha mais cara do país, confirmando o poderio econômico do PSDB nestas eleições. 

Depois do PSDB, a melhor média de arrecadação foi registrada pelo PMDB. Os cinco governadores eleitos pelo partido informaram ter recebido R$ 82,7 milhões, média de R$ 16,54 mil.

A campanha mais rica entre os peemedebistas eleitos, segundo as informações prestadas ao TSE, foi da governadora reeleita do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB). A campanha de Roseana arrecadou R$ 24,43 milhões, sétimo maior volume registrado entre os governadores eleitos. Roseana renovou o mandato ainda no primeiro turno com 50,08% dos votos válidos. O segundo colocado, deputado Flávio Dino (PCdoB), declarou ter recebido quase nove vezes menos: R$ 2,82 milhões.

Os seis governadores eleitos pelo PSB informaram ter levantado R$ 67,2 milhões, média de R$ 11,2 milhões. As maiores arrecadações dentro do partido ficaram por conta dos governadores reeleitos Cid Gomes, do Ceará, com R$ 28,9 milhões, e Eduardo Campos, de Pernambuco, com R$ 13,8 milhões. Cid teve a quarta campanha mais cara entre os eleitos, enquanto Campos, presidente nacional do partido, a décima-segunda.

Os cinco governadores eleitos pelo PT reuniram o quarto maior volume de recursos, de acordo com as prestações de contas. Os petistas receberam R$ 51,29 milhões, média de R$ 10,2 milhões. Quem arrecadou mais foi o governador da Bahia, Jaques Wagner, dono da sexta campanha que mais levantou dinheiro entre os eleitos. Jaques informou ter recebido R$ 25,25 milhões. Depois dele, o governador eleito pelo PT com mais recursos foi Agnelo Queiroz, do Distrito Federal, com R$ 10,78 milhões.

O governador eleito do Amazonas, Omar Aziz, único eleito pelo PMN, declarou ter arrecadado R$ 14,18 milhões. Os dois governadores do DEM, Rosalba Ciarlini (RN) e Raimundo Colombo, informaram ter levantado, ao todo, R$ 8,87 milhões, média de R$ 4,43 milhões.