Eduardo Militão
A quantidade de projetos de lei que tenta retirar um naco do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, conforme levantamento do Congresso em Foco, é encarada com preocupação por parlamentares encarregados de analisar a matéria. Para o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP), um dos membros da subcomissão de FGTS da Câmara, as propostas devem ser rejeitadas.
“Não tem condição de liberar. É besteira para atender a um grupo de pessoas”, afirma o deputado, presidente da Força Sindical.
O senador Paulo Paim (PT-RS), autor de um projeto que aumenta a rentabilidade do Fundo de Garantia, é outro crítico das propostas que liberam o FGTS para a compra de bens, como automóveis e máquinas agrícolas, ou para saques em situações como o casamento ou aprovação em concurso público. O senador denuncia a atuação de lobistas a serviço de grupos empresariais. “Os interesses são os mais amplos que se podem imaginar.”
Paim diz que o Senado tem que imitar a Câmara e fazer uma comissão para filtrar os bons e os maus projetos que envolvem o fundo bilionário dos trabalhadores. “O Senado tem que fazer comissão especial e promover um pente fino.”
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