“O trabalho, mental ou físico, é benéfico e saudável, e a pessoa que consegue trabalhar com uma persistência constante e serena, livre de ansiedade e preocupações, e com a mente totalmente desligada de tudo a não ser da tarefa imediata, não só realiza muito mais do que outra pessoa que está sempre apressada e ansiosa, mas mantém sua saúde, um benefício que a outra rapidamente deixa de desfrutar.”
O pensamento do filósofo e poeta britânico James Allen (1864-1912) é o que me inspirou para o artigo desta semana. Allen foi autor de mais de vinte livros de autoajuda – um pioneiro no assunto. Eu escolhi uma de suas lições para a nossa conversa semanal por considerá-la perfeita para orientar os concurseiros que se preparam para momentos decisivos de sua vida.
Estamos às vésperas de diversos concursos para o Executivo, Legislativo e Judiciário. Milhares de pessoas se mobilizam, dispostas a conquistar uma vaga no serviço público, o emprego mais seguro, bem remunerado e vantajoso do mercado de trabalho brasileiro. Este é o momento em que nossos objetivos precisam ser muito bem definidos, para que os esforços tão duramente empregados não se percam na hora decisiva. Câmara dos Deputados, TST, TRT, TJDFT e muitos outros terão suas vagas disputadas com unhas e dentes, e só os melhores se sagrarão vencedores.
James Allen foi perfeito em seu discurso sobre a busca do comportamento ideal na competição por um lugar ao sol, o que tem tudo a ver com os concurseiros. Se há algo que estes precisam evitar é a dispersão de esforços, a perda da concentração e o desvio do foco no rumo traçado para alcançar a meta estabelecida.
Hoje, muito mais do que na época em que Allen viveu e escreveu, é sabido que o trabalho, mental ou físico, só traz benefícios para o ser humano. Mais ainda: há consenso quanto à ideia de que a persistência é fundamental para quem deseja dar certo na vida, como aqueles que querem uma carreira com o governo como patrão e pretendem entrar no serviço público pela porta da frente do concurso.
Em busca disso, há outro ponto ressaltado por Allen que deve nos inspirar: precisamos nos livrar de ansiedades e preocupações, para nos concentrar totalmente na tarefa imediata. “Quem assim procede”, diz ele, “não só realiza muito mais do que outra pessoa que está sempre apressada e ansiosa, mas mantém sua saúde, um benefício que a outra rapidamente deixa de desfrutar”.
Eis aí algo crucial para o sucesso de qualquer empreendimento com que alguém possa se envolver, sejam os negócios, seja um jogo de pôquer, seja uma maratona, seja um concurso público. Falo com a experiência de quem já atuou ou atua em três dessas atividades. (Só me livrei do jogo de pôquer – embora jogue xadrez, e bem.) É sério: quem não tem capacidade de se concentrar exclusivamente na tarefa imediata dificilmente será bem-sucedido em qualquer um desses campos de ação.
Veja o exemplo de grandes homens que passaram para a história exatamente por saberem exercer com maestria essa faculdade. Graças a essa competência, foram não apenas bem-sucedidos em suas metas como também entraram para a história como exemplos de sucesso. Juscelino Kubitschek foi um deles. Brasília só existe porque ele soube se concentrar na construção da Capital com a mente totalmente voltada para a tarefa imediata. Foi assim que venceu todas as resistências contra sua pretensão. Certa feita, ele disse:
“Se acredito ou não, é outra história. O certo é que, no dia 21 de abril, colocarei minha bagagem num automóvel e quem quiser que me acompanhe.”
Outro homem vitorioso e determinado – não necessariamente nessa ordem – foi Winston Churchill, cujo exemplo de liderança do povo britânico durante a Segunda Guerra Mundial o alçou ao panteão de homens que marcaram a história da humanidade. Há muitas frases interessantes atribuídas a ele. Escolhi esta:
“Não adianta dizer: ‘Estamos fazendo o melhor que podemos’. Temos que conseguir o que quer que seja necessário.”
Lembro, ainda, o exemplo de Abraham Lincoln, que garantiu a unidade dos EUA com férrea determinação contra os separatistas que levaram os estados do sul à Guerra de Secessão, no século XIX. Uma de suas frases traduz uma verdade absoluta, com simplicidade que se aplica a qualquer situação, inclusive um concurso público:
“Nunca devemos mudar de cavalo no meio do rio.”
Eis aí um sábio conselho.
Se você, amigo leitor, já escolheu o seu concurso e iniciou a adequada preparação em um dos nossos cursos, mantenha-se no rumo. Não perca o foco, atirando pedras em todas as direções. Uma delas pode cair em sua cabeça. Mantenha a concentração, o objetivo e lembre-se dos conselhos desses grandes líderes que citei. Eles são exemplos a seguir para quem deseja vencer qualquer desafio, como um concurso público. E, em nenhuma hipótese, mude de cavalo no meio do rio!
Seguindo esses conselhos, você estará, de fato, no caminho certo para alcançar o seu
FELIZ CARGO NOVO!
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