Marcelo Mirisola*
As mesmas perguntas que fiz para Ugo Giorgetti fiz para Nilsão Primitivo. O primeiro é um dos meus diretores preferidos, e o Nilsão tem urticárias ao ser chamado de “cineasta” – entre outras coisas, isso explica por que ele também tem lugar na minha galeria de preferências.
A entrevista com Giorgetti está incompleta (fica para a próxima semana). Minha idéia é confrontar meu ponto de vista com o ponto de vista deles, e, é claro, além de puxar a sardinha ostensivamente para o meu lado, provocar o confronto dos dois.
Nilson Luís Gonzalez, 41 anos, nasceu em Santos (SP), é botafoguense, dirigiu 15 curtas metragens em 16mm sem recurso público ou privado, só na base da reciclagem de restos, clássicos como “Tesão em Saquarema”, “Exu do amor” e “O duelo das loiras”, entre outros filmes que não vi e que ele – talvez intencionalmente – embaralhou e deixou embaçar em minha memória. Às vezes acho que o Nilsão é o Negrinho do Pastoreio, e só existe para confundir a gente. No YouTube tem mais coisa.
Aqui e agora, Nilsão: devidamente Primitivo, e em traje de gala para o Congresso em Foco.
Marcelo Mirisola – Não pega bem ser inteligente, e ter talento hoje em dia? Ou só é possível exercer esses “dons” mediante a aprovação dos departamentos jurídico e de marketing? Por que tanto bunda mole se dando bem? Por que os técnicos (psicanalistas,antropólogos, torneiro mecânicos, sociólogos etc) tomaram o lugar dos artistas?
Nilsão Primitivo – Inteligente contra ou a favor? Porque tem o seguinte, nossa elite se acha tão bem preparada, tão bem intencionada, tão bonitona (ulalá!), que muitas vezes não entende: por que logo eles e os filhinhos deles não conseguem, nem com muito jabá, fazer algo que presta? Agora se for pra falar mal do torneiro mecânico, tem espaço todo dia, mermão. Até o Fausto Wolff voltou a ter emprego no jornal do Tanure, veja você quanta independência! Na revista Veja e na Folha de S. Paulo tem espaço todo dia. O Jô Soares não sei se morreu, mas no programa dele lá também tinha. Tem o Arnaldo Jabá, o Jabá Diegues… Todos são muito ilustrados, pertinentes, etc, não há dúvida. E todos se acham ‘de esquerda’ (sei lá que diferença isso faz e pra quem). Mais estranho é que no meio disso tudo, mais preconceituoso que a bichinha macartista da revista Veja, só o tal Carlos Leonan, que é, pasme, da revista Carta Capital. E tem também a esquerda ressentida da Caros Amigos. O único que tinha humor era o Plínio Marcos. A cada capa, um velhinho fazendo cara de mau. Dá um medo! Então, é só ir até lá e dizer assim: ‘antigamente que era bom, agora tudo é uma merda, etc…’que eles publicam. Tem um cara lá que parece que a profissão dele é ter sido amigo do Glauber Rocha. Pô, isso já tem dez anos! Também é lá que podemos tomar conhecimento da amizade entre o Zé Celso e a Regina Duarte. O amor é lindo.
Sobre essa questão da técnica eu posso falar que é algo macabro. O cara que faz cinema não consegue o telecine que quer, a revelação no laboratório que quer, e nem com dinheiro, porque o cara que mexe na parada lá, o técnico, acha que está errado se você pede alguma coisa diferente daquela luz horrorosa de vitrine das Casas Bahia. Tenho gravado com músicos e por lá é a mesma coisa. O cara que é o artista principal pede uma coisa, paga, implora, mas não dá, não sai, quem manda são eles. O resultado disso é que fica todo mundo com cara de quem gravou com o mesmo engenheiro de som: o do grupo Rappa ou do U2.
MM – Incluí a categoria “torneiro mecânico” na mesma categoria de “antropólogos”, “sociólogos”, “psicanalistas” e afins, Nilsão. Concordo com tudo o que você disse (aliás, também fico enternecido com o love de Zé Celso e Regina Duarte) ,e acrescento que já faz muito tempo que o mundo foi corrompido. Não tem palhaço inocente debaixo da lona. Mas a questão não é para quem as pessoas se venderam, mas por que compraram a “mercadoria” errada, entende? Tivemos época em que talento era mercadoria, essa é a questão. Manja a Capela Sistina?
NP – O mundo sempre foi corrompido, meu chapa. Um lugar pequeno e mal freqüentado (parece até meu apartamento). Taí a espécie humana que não nos deixa mentir. Eu não defendo a margem, mas critico o centro, aliás, não acredito nem em centro, acho um mito. Mas concordo que antes era mais meritório.
MM – Caetaneou, Nilsão?
NP – É, mas acho que agora vou sacaetanear: a evolução não é pra cima (religião), nem pra frente(ciência), mas pra todos os lados (política).
MM – Tudo certo, Nilsão. Não respondeu minha pergunta, mas foi profundo. Vamos
NP – Falta se livrar deles.
MM – Perfeito. Melhor que ter influência é se livrar delas, concordo. Mas isso implica – no mínimo – superá-los. Você não acha que hoje em dia até o sexo como subversão – matéria-prima de Pasolini – foi assimilado pela dona-de-casa que vota no Kassab (ou na Marta Suplicy)? O que fazer diante do tédio, da ausência de espanto? Por isso que perguntei o que faltava: romantismo, ingenuidade, bagos e, acrescento agora, demência? Mas digamos que esses “elementos de subversão” estejam mesmo desgastados. E mais, seguindo essa lógica, você não acha que a única brecha para se livrar da originalidade desses caras não seria a truculência e a caretice? E, de fato, não é o que se vê por aí? De certa forma, Pasolini e Glauber Rocha já foram superados há muito tempo, e não foi por você nem por mim. Vide Igreja Universal, a audiência de um Big Brother, os saraus patrocinados pela Companhia das Letras (Unibanco), os músculos da Ivete Sangalo, o love Zé Celso x Regina Duarte etc… E agora, Nilsão?
NP – Vamos por partes: superá-los não é problema, desafio qualquer um a pegar um texto do Pasquim antigo e comparar com o blog do Douglas Kim, por exemplo, o Douglas K. dá de dez a zero neles
MM – Você que sentenciou: “Falta se livrar deles”. Portanto, segundo sua ótica, seria um problema, sim. A partir daí fiz a réplica. Depois, Nilsão, quando você compara o blogueiro ao Pasquim, facilita e, ao mesmo tempo, prejudica a vida do blogueiro (que está desativado, aliás). Quanto ao Pasquim, creio mesmo – embora não seja engraçado contar essa piada em público – que está mais para “Geração Achada” do que para Lost Generation. Ou por outra, não é o caso de comparar Jaguar com Ezra Pound. Não se trata apenas de uma imprudência. Esse tipo de aproximação, considerando época e circunstância histórica, é mais do que uma gratuidade, trata-se de covardia. Eu poderia usar o mesmo critério para avaliar – independente da audiência – um Kibe Louco, e confrontá-lo com T.S. Eliot. E pode ter certeza que o pangaré do Kibe Louco faria o puro-sangue engolir poeira, aliás, sob esse aspecto, T.S. Eliot é terra devastada mesmo, poeira levantada pela Ivete Sangalo, viu como eu também sei exagerar na retórica? Tá me tirando, mano? A questão é pulverização? Beleza, vamos falar disso: você não acha que a mesma pulverização que eventualmente esconde alguma coisa boa também não serve de pretexto (ou de álibi) para incensar muito lixo na Internet?
NP – Ué, não entendi por que facilita pro blogueiro ser comparado com o Pasquim?
MM – Porque a contenda que você sugere, Pasquim x blogueiro, não passa nem como uma piada, Nilsão. De certa forma, desautoriza sua retórica eminentemente provocativa e exagerada (da qual eu sou fã, aliás).
NP – Vou dar mais exemplos: acho que os filmes do Peter Baiestorf não devem nada pros do Carlo Reichenbach, os meus filmes não devem nada pros da fase da Belair do Sganzerla e do Bressane, que as peças do Marião Bortolotto, ou do Marcio Américo, ou do Roberto Alvim, não devem nada às do Antunes, nem do Zé Celso, nem do Plínio Marcos. Agora se você comparar o Domingos de Oliveira antigo com a peça ‘Cócegas’, o Gláuber Rocha com a Conspiração Filmes, a Marisa Monte com a Gal Costa, o Pasquim com o Casseta e Planeta, aí eu concordo contigo.
MM – Essas comparações – repito – são pegadinhas retóricas, só isso. Também me falta o deboche suficiente para concordar ou não com o que você diz. Conheço a obra do Mário Bortolotto, e conheço um pouco de Plínio Marcos, mas o suficiente para rechaçar (outra vez) esse tipo de aproximação, entende? A mesma coisa vale pro Marcio Américo. Mas você acabou não respondendo o principal. A gente falava de “pulverização”, lembra? Vou perguntar novamente: você não acha que a mesma pulverização que eventualmente esconde alguma coisa boa, também não serve de pretexto (ou álibi) para incensar muito lixo na internet?
NP – Não acho que ‘eventualmente esconde’ nem me interessa se alguém ‘incensa’ lixo, porque da maneira que eu vejo, pelo menos, não existe grande (incenso) nem pequeno (eventual, escondido) na internet, está tudo no mesmo plano. O meu filme, o teu texto, o Globo Repórter, o filme do Pasolini, a UPI, a Al Jahzira (é assim que escreve?), a Comunitária da Rocinha, etc… Posso te mostrar uns troços, Mirisola. O ‘América do Sul’, do Ozualdo Candeias, por exemplo. E, voltando um pouco nas comparações, acho que a cena de música experimental eletrônica contemporânea, tão inventiva, desembaraçada e livre quanto o rock, o punk, a tropicália. Tem o ‘colketivo’ LSDiscos,
MM – Digamos que as coisas estejam no mesmo plano (discordo: porque qualidade não tem nada a ver com exposição, e eu me recuso a ser comparado a “música experimental eletrônica”)… Mas, se fosse assim, e já que as coisas estariam no mesmo plano, e que tudo mudou, e continua tudo na mesma, eu queria saber: O que está faltando então? Cultura? Será que foi a tecnologia que empobreceu o discurso da garotada? Esse empobrecimento (opinião minha…) se estende para o cinema, o jornalismo, o corpo das mulheres, os filhos da Elis Regina, e até na maneira como o jogador de futebol bate na bola, o que você pensa disso?
NP – ‘Erudição’, ‘Cultura’, há muita mistificação. Prefiro dizer – informação com liberdade. Num certo sentido, erudição até imobiliza, porque você pensa, ‘pô, eu não li isso, mas o outro leu, logo, ele é melhor do que eu’, o que é uma puta mistificação no sentido que é só ir lá e ler também, ué. A coisa mais legal de fazer aos 40 anos é que você descobre que o Papa, o ministro da Economia, o presidente dos EUA, etc… ou todos os caras que você achava cdf pra caralho, não passam de uns meninos inseguros que sentavam no final da sala no colégio. Tudo bunda mole igual a gente, igual a todo mundo. O que interessa é um discurso concatenado.
MM – Discurso concatenado? O que isso tem a ver com a chatice dos filhos da Elis Regina? Pode explicar?
NP – Tem que os filhos da Elis Regina, assim como todos os demais filhos da república dos juniores, fazem parte de um jabá sem nexo e que já era. Porque é no YouTube, ou no Torrent, e de graça, que você pode ver, tanto um filme alemão ‘raro’ da década de 40, quanto uma briga de verdade num shopping center
MM – Assino embaixo. Falando em meninos inseguros e jogador de futebol bundão, voltemos ao dramaturgo Mário Bortolotto, aspas: “A gente quer ver bandido na seleção”. O que você acha de jogador de futebol pagar dízimo para pastores picaretas condenados pela Justiça?
NP – Acho que a igreja católica está com ciúmes.
MM – Pode ser, e o papa? Bin Laden o acusou de ser um novo cruzado. O que pensa disso?
NP – O papa é nazigay e o Mário Bortoloto deveria torcer pelo Botafogo. Ele ia ter de volta toda a emoção. A cada jogo do Botafogo, uma peça de Eurípedes. Aquilo não é futebol, é tragédia grega.
MM – Não sei qual o time do Mário aí no Rio. Mas creio que ele está muito feliz com os últimos resultados do Verdão aqui
MM – Não sabia disso, Nilsão. Grande notícia: finalmente Lucio Flávio conseguiu salvar Penélope Charmosa das garras do Tião Gavião. Você viu o filme “Diários de Motocicleta”, de Walter Salles?
NP – Pô, Mirisola, eu sempre te tratei tão bem..
MM – Verdade, Nilsão. Você realmente é um cavalheiro. Eu sei que o tema é árido. Estava num dilema. Não sabia se lhe perguntava sobre Waltinho Salles… ou Jorginho Bush. Mas até que não fui tão exigente contigo. Eu poderia, por exemplo, pedir pra você discorrer sobre o encontro de Carlinhos Brown com Condoleezza Rice. Prefere?
NP – Prefiro. Dá pra falar também no maniqueísta “Tropa de elite’. Até aí tudo bem, negócio é que fica uma comunicação capenga a partir do momento que, se um diretor resolve fazer um filme contando o outro lado, o lado do bandido-bandido, e põe ele no filme o cara lá beijando criancinha igual o Hitler como tem no ‘Tropa’, o cara vai em cana por ‘apologia ao crime’. E depois do julgamento vai todo mundo correndo jogar o playstation pirata do Scarface. E eu adoro o dentinho separado da Condoleezza Rice. Melhor só o pescoço católico da ministra Marina Silva.
MM – Sabia que eu também curto aquele dentinho separado da Condoleezza? E o pescoço da ministra é católico? Pensei que era neo-pentecostal, pô que decepção…
NP – Tem razão, deve ser neopentecostal, mas já reparou? É um pescoço magro e com dobrinhas, como é que pode, né? Muita beleza! E seriíssimo!
MM – Agora fiz uma confusão, Nilsão. Tô misturando Condoleezza Rice com Marina Silva e Heloísa Helena. Se não me engano, as três têm pescoço magro com dobrinhas, e olheiras, ou estou enganado? Adoro mulher com olheiras, a antiga Gretchen tinha umas olheiras deliciosas… Também gosto do tipo professorinha-disciplinadora-e-engajada, a ministra e a senadora fazem esse tipo, não fazem? Podiam atuar na ONG do “Tropa de elite”. E a Condoleezza ajudaria o Cap. Nascimento a enquadrá-las, não é ótimo? Isso tudo me deixa excitado … Baita confusão, a gente não sabe mais o que é sobrenatural e o que é supermercado, se o homem veio do macaco ou se saiu da Igreja do Edir Macedo, nem parece banco. Mas, afinal, foi a ministra do Meio Ambiente ou a senadora que disse que curtia vomitar em construtor eleito pelo povo?
NP – Não, dobrinha no pescoço, só a Marina Silva. A Heloísa Helena é só uma chata e usa óculos, nem dá pra ver se tem ou não olheiras (eu também acho olheira um troço tão feminino!) E a Condoleezza Rice, se encontrasse o Capitão, enquadrava ele. Esses bundões só são valentes com quem é mais pobre que eles. Brasileiro não pode ver uma caravela que já fica logo com o cu piscando.
MM – Entendi, pra gente sobrou a sodomia (sob o ângulo mais cruel). Diante do exposto, só tenho uma opção: prosseguir a entrevista. Seguinte, Nilsão: já usei esse raciocínio aqui no Congresso em Foco: não é estranho justamente o herdeiro do Unibanco contar a história de Guevara? Será que Walter Salles acreditou nas “verdades” do livro? Por que ele teria omitido o olhar de sangue do futuro assassino Che? Teria sido por consciência social? Ou por afinidade? Talvez a mesma afinidade que o irmão dele, o também lírico e também cineasta Joãozinho Salles, teve com o mordomo?
NP – Nem banqueiro necrófilo, nem revolucionário morto. Nada disso interessa ou tem serventia. Aliás, sabe por que todo mundo gosta do Che? Porque ele está morto! A esquerda latino-americana é necrófila, cara. Tivesse vivo, ia ser considerado terrorista como você está falando. Pra mim, dois exemplares típicos da esquerda country club. O argentino é menos cara de pau, lógico, teve envolvimento.
MM – Esquerda Country Club, isso é muito interessante. Onde ficaria a sede dessa pitoresca associação? Nas selvas da Colômbia? Em Higienópolis, aqui em Sampa? Na rua do Russel,220, 4º andar, aí no Piauí, digo, no Rio?
NP – Fica em Ipanema, meu caro.
MM – Ah, sim. Em Ipanema, no posto 9. Tô ligado, é onde o pessoal do Russel vai desanuviar… Outra coisa que levantei na crônica retrasada: sabia que os colegas banqueiros de Walter Salles têm consciência social, e agora trabalham para a salvação do planeta? Não é comovente? Nem parece banco…
NP – É como uma mãe!
MM – Só se a gente considerar que o pai pode ser qualquer um…
NP – Pai quando não some logo de cara geralmente faz mais merda ainda.
MM – Parece o quê, Nilsão? Cinema? Sabe quem é a próxima vítima do mauricinho lírico? “On the road”, de Jack Kerouac. Eu aposto que ele vai (tentar) estragar o livro. Geralmente é o que acontece, concorda?
NP – O cinema é que parece banco. E não tem nem como não concordar. Acho que o único que acha que vai ficar melhor é ele mesmo. E o Jack Kerouac, que foi acusado de ser de direita a vida toda , acho muito mais íntegro e legítimo que todos os citados até então.
MM – Me ocorreu uma coisa. Será que Walter Salles vai explorar esse viés? Ou seja, o fato de Kerouac ter se isolado, porque – entre outras coisas – era considerado de direita?
NP – Acho que não, e acho que você ainda não entendeu, se prepare para mais essa surpreendente revelação: os Moreira Salles são de esquerda, Mirisola!
MM – Cazzo! Bem que eu desconfiava, agora entendi. Você viu o que o “cineasta” Pedro Bial fez com Guimarães Rosa? Eu defendo a pena de morte nesse caso e nos casos de esfirra de frango, e pizza com borda recheada, e você?
NP – Eu defendo BBB eterno pra ele, e ainda devia ser obrigado a traduzir todo o Guimarães Rosa para o português. Não pode haver morte mais horrível.
MM – Por que não tem pizza no Rio de Janeiro? Digo essas disk de 12 reais, forno à lenha… Será que a massa não cresce por aí? O carioca prefere sair de casa, ir pros butecos…é isso?
NP – Sei lá, acho que não encontraram ninguém por aqui com saco de entregar pizza pra ninguém.
MM – Para terminar, eu gostaria que você desse sua ficha. E não adianta me engabelar dizendo que é safra 66. Por que Jorge é Amado?
NP – Porque o lobby do acarajé é mais forte que a morte. Minha ficha está praticamente limpa, até agora. Tenho 41 anos, sou santista, mas moro, digamos que, alhures. Da PUC e do Santo Ignácio não tenho medo e nem pena, e quem quiser saber mais pra revanche, tem meus filmes lá ‘boiando’ no YouTube, especialmente o último “Eu acredito no incrível” (Constantinopla). Quem não gostar que se fôda.
Isso aí, a entrevista foi um mimo… o que mais eu poderia acrescentar? Beijo no coração de todos…
M.M.
*Marcelo Mirisola, 41, é paulistano, autor de O herói devolvido, Bangalô, O azul do filho morto (os três pela Editora 34), Joana a contragosto (Record), entre outros. Publica em revistas, sites e jornais de todo país. No prelo, Proibidão (Editora Demônio Negro).
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