Miguel Ruiz*
Com a competitividade global entre organizações, definidas por questões com agilidade e qualidade para obter representatividade no mercado, as empresas cada vez mais se voltam para recursos e atividades que possam permitir acompanhar esse mercado.
Nesse cenário, a Tecnologia da Informação (TI) é de suma importância, pois deve ser capaz de convergir as várias áreas da organização e ser agente de cooperação entre elas, e ainda certificar se a área tem permitido a mobilidade na organização exigida pelo mercado de atuação.
Esses são os reais propósitos da área: ser integradora e capaz de gerar resultados. Vê-se claramente que não é modismo de mercado, e sim modelo de gestão para a sobrevivência da empresa.
Mas definir quais são os hardwares, softwares e servidores que são as melhores alternativas para o molde organizacional e que mão-de-obra utilizar para otimizar processos é sempre um trabalho árduo para qualquer gestor. As propostas e projetos são intermináveis, existem ainda milhares de empresas que comercializam softwares e hardwares e trabalham com outsourcing de TI. Diversas ofertas de prestação de serviço, fato comum a qualquer mercado de atuação.
É notória a expressividade da TI. Conforme os dados do IDC, o mercado de outsourcing deve crescer 15% no Brasil em 2007, cerca de US$ 18,6 bilhões em relação a 2006. Para que as consultorias se sobressaiam e conquistem novos clientes, é comum a utilização da publicidade e do marketing.
A maioria das estratégias de marketing é justa. Enfim, a conquista de clientes é o que nos mantém no mercado. Mas o fundamental é saber se a empresa, de fato, apresenta soluções coerentes com as necessidades apresentadas; se não são apenas os vendedores, que passam dias e dias falando do que há de mais moderno no mercado. Nem sempre o top de linha é benéfico ou rentável para a empresa-contratante.
Para ser considerada estratégica dentro de uma organização, a área de TI deve estruturar-se em três patamares: bons profissionais, qualificados e preparados para a gestão de possíveis crises; hardwares e softwares compatíveis com o modelo da organização e as necessidades; segurança, pois a informação é o maior bem da organização.
Ao consultar esses serviços, tenha em mente que, primeiramente, sua empresa deverá ser estudada a fundo pelos consultores. As soluções para um problema só poderão ser trazidas depois que ele é conhecido.
Os exemplos de sucesso obtidos com outros casos são importantes, pois funcionam como referência. Mas, lembre-se, cada empresa tem suas particularidade e culturas. Nenhuma empresa é igual à outra. Portanto, sua área de TI não é igual ao da empresa vizinha. Quando um serviço está sendo prestado, exija seu cumprimento conforme o de acordo combinado.
O planejamento e o alinhamento à cultura são fundamentais, pois o choque de uma área de TI gerida de forma ineficiente e amadora na corporação poderá desencadear crises nos processos internos, com vulnerabilidade à ação dos hackers, lentidão de atividades, redução de rendimento da equipe de trabalho ou ainda investimento de capital maior que o esperado.
A posição de quem contrata os serviços da área de TI é tão complexa e importante como quando vamos comprar qualquer produto de uso pessoal e até mais, pois é o nome da corporação que está em jogo. Exija o prometido, reclame se não atender suas necessidades. E tenha cuidado: aquela empresa que promete muito nem sempre é a mais eficiente. Lembre-se: A TI é mais do que marketing.
*Miguel Ruiz é especialista em Tecnologia da Informação e presidente da MR Consultoria (www.mrconsultoria.com.br). E-mail: linkmrconsultoria@linkportal.com.br
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