Sei que estou arrumando briga com os idiotas e os imbecis. Mas, para não cometer nenhuma injustiça, deixo claro que não me refiro aos editores e leitores e leitoras deste (artigo) periódico, mesmo que entre as leitoras e leitores possam existir alguns.
Chamo a atenção também que, antes de classificar qualquer pessoa como idiota ou como imbecil, busco o conceito de ambos os adjetivos no ‘Houaiss’ e no ‘Aurélio’. Creio que para os idiotas e para os imbecis é necessário esclarecer que tanto o ‘Houaiss’ como o ‘Aurélio’ são dicionários. Também esclareço que chamar uma pessoa de idiota e logo em seguida de imbecil pode ser um pleonasmo (os idiotas e os imbecis não sabem o que é isso).
Segundo o ‘Aurélio’, idiota é o “pouco inteligente; estúpido, ignorante, imbecil”. Também é “pretensioso, afetado”. Para o Houaiss, idiota é a “pessoa que carece de inteligência, de discernimento; tolo, ignorante, estúpido” ou a “pessoa pretensiosa, vaidosa, tola”. Também é a pessoa que “denota falta de inteligência, de discernimento; parado, estúpido, imbecilizado”.
Como se vê, ambos os dicionários relacionam o adjetivo ‘idiota’ com o de ‘imbecil’. Imbecil é aquela pessoa que “denota inteligência curta ou possui pouco juízo; idiota, tolo”. Também é “quem não tem coragem; covarde, pusilânime”, ou “que ou quem apresenta retardo mental moderado” (Houaiss). E o ‘Aurélio’ só vem a corroborar, “imbecil é o covarde, pusilânime, estúpido, idiota”.
Conceituado o que é idiota e imbecil, volto à ideia inicial deste artigo. Quando um autor ou autora, não importa quem seja, escreve um artigo, crônica, ensaio, ou qualquer texto ele espera ser lido e espera das leitoras ou dos leitores comentários inteligentes. Sinto que em geral não é isso que tem ocorrido na internet, sempre, claro, com exceções.
Há vários anos escrevo aqui neste espaço (gratuitamente cedido), e fico muito agradecido. Nele procuro sempre expor ideias, opiniões e me opor ao senso comum da mídia (estúpida) dominante. Melhor, procuro me opor à ideologia dominante na mídia ‘tradicional’ (rádios, TVs, ‘jornalões’ e ‘revistas’ semanais, tipo Veja).
A cada um dos artigos, espera-se do comentarista uma opinião diversa da sua, para que ambos possamos contribuir com o crescimento intelectual de outrem e/ou de nós mesmos. É sobre isto que escrevo e vejo situações diferentes entre o publicado no jornal e na internet.
Os artigos publicados em jornais recebem, por parte dos leitores e leitoras, tratamento diferenciado dos publicados nos blogs e sites. Os dos jornais são ‘digeridos’ com maior reflexão e com comentários mais esparsos e cuidadosos. Já os publicados (nos blogs e sites) na rede de computadores são tratados com pressa e, consequentemente, com descuido por parte de muitos leitores e leitoras.
Não importa o tema do artigo, há um grupo de comentaristas, que creio que não chega sequer a ler o texto, já tasca um comentário. Imagino isso porque, independente do tema, o comentário é o mesmo ou muito semelhante para todos os artigos. E pior, desqualificando e fazendo ataques pessoais ao autor.
Sou sincero: no início lia todos os comentários feitos aos meus textos (e aos de outrem) publicados n internet e procurava respondê-los. Hoje, dou uma passada de olhos e me alegro quando vejo um raro comentário inteligente, o resto é idiotia e imbecilidade. Tanta que, muitas vezes, duvido que o autor do comentário assine o próprio nome.
Uma das definições que o ‘Houaiss’ da ao idiota é o da “pessoa pretensiosa, vaidosa, tola”. E ao imbecil define-o também como “quem não tem coragem; covarde, pusilânime”. O ‘Aurélio’ corrobora afirmando que “imbecil é o covarde”. Pois bem é a pretensão somada a covardia que leva muitos a não se identificarem, pois estariam expondo o quanto são idiota, imbecis e covarde.
Isto não é um desabafo, é uma constatação.
A imbecilização e a idiotia destes comentaristas é fruto de uma construção ideológica, muito bem exposta no artigo “O dia em que diretores de redação se esconderam nas barras da saia das suas corporações”, de Luis Nassif.
Seria interessante não repetir tanto”leitores e leitoras” ! Sei que se trata desse progressismo extérico de inclusão! O mesmo é quando repetem num auditório todes! A língua portuguesa sendo estuprada constantemente! Sendo assim se pode afirmar que todos tem um certo grau de idiotice, inclusive o autor do artigo! Sem ofensas!!