Eduardo Militão
Além da contratação de empresas e parentes ligadas ao ex-ministro do Turismo Walfrido Mares Guia, a ONG Grupo Ambiental de Santa Bárbara (Gasb) afirma que a prefeitura de Santa Bárbara pagou, antes de serem realizadas, as obras de restauração do centro histórico da cidade. Em depoimento ao Ministério Público Federal, o presidente da entidade, Luciano Melo, diz que foram pagos R$ 1,2 milhão antecipadamente à empresa Perfil Engenharia Ltda.
A empreiteira e a prefeitura negam.
Segundo o diretor técnico da Perfil, Ildeu Campolina, a empresa ganhou a licitação, mas rescindiu amigavelmente o contrato porque a prefeitura demorou para autorizar o início das obras e, com isso, os preços subiram e acabaram mais baixos do que o custo de execução. Ele diz que a empresa não ganhou R$ 1,1 milhão, mas apenas R$ 204.430.81, referentes aos serviços efetivamente prestados.
Campolina ainda disse que a denúncia da ONG cita o contrato errado na denúncia ao MP. O diretor afirma que a restauração do centro era regida pelo contrato 170/2007 pelo preço de R4 1.387.786,88.
O prefeito de Santa Bárbara, Antônio Eduardo Martins, o Toninho Timbira (PTB), confirma a rescisão e rejeita a hipótese de pagamento antecipado. “Isso é impossível de fazer. A Caixa [Econômica Federal, que mede o andamento das obras] não deixa”, afirmou o prefeito.
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