Em debate na última quinta, o candidato pediu a eleitores que enviassem currículos, a fim de iniciar seleção de talentos para a prefeitura. A proeza foi dele, Arthur Virgílio, outrora combativo senador pelo estado do Amazonas, que não conseguiu se reeleger para o cargo em 2010, e busca agora a Prefeitura de Manaus.
A ideia com a medida, segundo ele (que “agora” é Arthur Neto), é evitar que cargos sejam preenchidos por indicação política. “Me mandem currículos, para nós começarmos a fazer a seleção de cérebros com base no mérito. Queremos recrutar pessoas que possam de fato nos ajudar a dar a grande sacudida que Manaus precisa”, disse o potencial chefe maior do RH público manauara (já que lidera as primeiras pesquisas).
E que sacudida! Periga gerar uma pororoca temporona e continental, a mais de mil quilômetros de distância da foz do Rio Amazonas, onde regularmente acontece o impressionante fenômeno natural em que a água do mar sobe a correnteza, devastando o que encontra pela frente.
Quem pode mais? Virgílio, digo, Neto… ou a pororoca? A conferir!
Semana termina ainda com desabafo no twitter pessoal do Secretário de Imprensa da Presidência da República, contra a cobertura de parte da mídia ao julgamento do mensalão: “Tô começando a entender o vocabulário jurídico na mídia. Voto técnico: o que condena; Voto-Canalha-Político-Partidário: o que inocenta”, tuitou José Ramos Filho, o @jramos60.
À Folha, ele disse ter feito uma ironia no perfil pessoal, não no oficial, comentando a diferença de tom do noticiário entre os votos de Joaquim Barbosa e o de Ricardo Lewandowski. Segundo a mesma Folha, Dilma já havia orientado os servidores diretos a seguir a linha “Cachoeira & Cia”, invocando o direito constitucional do silêncio, ante o rumoroso “julgamento do século”.
A propósito, é julgamento DO século ou DE século? Marco Aurélio Mello anda preocupado que a coisa não termine em 2012. Mas o que vai terminar ou não? O julgamento? O caixa 2? A corrupção na política nacional? Ah, sei não! Pergunte para ele. Talvez ainda tenha fôlego fisiológico para lhe responder.
Para terminar, uma notícia “meio boa” para quem vive na capital mineira: a Justiça Eleitoral proibiu a colocação de cavaletes de candidatos próximo ao estádio Arena Independência, em dias de jogos. Pretende-se, com isso, evitar que os instrumentos possam ser usados como armas nas mãos de (bandidos travestidos de) torcedores.
“Meio boa” a notícia, porque, longe do estádio, tendo ou não jogo, essas porcarias seguem sendo usadas como armas de poluição visual e como obstáculos permanentes para os pedestres.
E na sua cidade? Como anda a propaganda eleitoral? Conte-nos aqui.
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