Thomaz Pires
A necessidade de se adotar um mecanismo de controle para a entrada e saída de funcionários no Congresso ficou mais evidente este ano, quando o Senado gastou R$ 6,2 milhões com o pagamento de hora extra para 3.883 servidores no mês janeiro, em pleno recesso parlamentar.
De lá pra cá, a Casa mergulhou na crise dos atos secretos e se viu obrigada a discutir uma reforma administrativa. Mas a instituição do ponto eletrônico ficou fora da proposta de reformulação que está sendo analisada pelos senadores.
O primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), defende a adoção do ponto eletrônico. Segundo ele, a Casa gasta cerca de R$ 10 milhões mensais com pagamento de hora extra e gratificações de servidores. De acordo com estudo encomendado pela Diretoria de Recursos Humanos, o Senado economizaria R$ 3,4 milhões por mês com a implantação do ponto eletrônico, ou seja, reduziria os gastos em 34%.
Em audiência pública realizada no mês de outubro na Comissão de Fiscalização e Controle, Heráclito denunciou, de maneira bem-humorada, o comportamento de alguns servidores da Casa: “Seis e meia da noite começa a chegar todo mundo, com cabelo molhado, ajeitado, e quando dá oito e meia, nove horas, vai todo mundo embora e ganha o salário do dia e a hora extra”.
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