O senador Wellington Salgado (PMDB-MG), um dos principais aliados do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pode ser intimado a prestar esclarecimentos à Polícia Federal a respeito de um suposto desvio de dinheiro público.
A Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura (Asoec), que era coordenada por Wellington, teria desviado, entre 2000 e 2005, cerca de R$ 12 milhões.
De acordo com a Receita Federal em Niterói (RJ), o grupo empresarial descontava o Imposto de Renda de professores contratados e prestadores de serviço, mas não repassava o dinheiro recolhido. A empresa de propriedade da família do senador controla uma rede de universidades espalhada por sete estados.
O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, solicitou ao Supremo Tribunal Federal que o peemedebista seja ouvido pela PF. De acordo com a assessoria do Supremo, a ministra Carmem Lúcia já solicitou informações ao Ministério Público sobre o caso. No entanto, não existe previsão para que o parlamentar seja ouvido pela polícia.
O Congresso em Foco procurou ouvir o senador peemedebista sobre o caso, mas foi informado de que ele está em viagem oficial à Alemanha e só retornará ao país no próximo dia 12. Segundo a sua assessoria, Wellington quer tratar pessoalmente deste assunto com a imprensa.
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De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Wellington afirmou que estão politizando o caso e que, se as irregularidades forem comprovadas, ele vai pagar o que deve ao fisco. "Inquérito não é condenação, não se pode transformar isso em fato político. Se tiver condenação, vamos pagar", afirmou ao jornal paulistano.
Segundo a assessoria do senador José Nery (Psol-PA), autor de três representações contra Renan no Conselho de Ética, o partido ainda não se reuniu para discutir se entrará com representação contra o peemedebista de Minas Gerais. (Rodolfo Torres)
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