Mensalão: entenda o que está em julgamento
Quem são os réus, as acusações e suas defesas
Tudo sobre o mensalão
Leia também
Ao iniciar seu voto, Gilmar rejeitou a acusação de que os réus estejam sendo considerados culpados sem provas, com o STF cedendo à pressão popular. “Existe um vastíssimo cabedal de provas que comprovam a denúncia”, afirmou. Para o ministro, os depoimentos dados em juízo confirmaram os laudos e perícias feitas por órgãos técnicos e pela Polícia Federal. “Os depoimentos apenas confirmam o que se extrai da prova documental”, comentou.
Para o ministro, havia, entre os dirigentes das agências de publicidade e do Banco Rural uma “vontade livre e consciente” para ocultar os empréstimos realizados. No seu voto, ele afirmou que a cúpula da instituição financeira acobertaram a origem dos recursos e omitiram informações importantes aos órgãos de controle. “O fato não era desconhecido pelos dirigentes do Rural”, comentou.
E, na visão de Mendes, nem dos dirigentes da SMP&B. Para o ministro, a agência de publicidade, comandada por Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach coleciona um “extenso rol de irregularidades na execução de contratos com órgãos públicos”. “Esse corpo do valerioduto precisava de alma”, disse Gilmar fazendo referência à lavagem de dinheiro e aos recursos que saíam do banco para a empresa de publicidade.
Antes do voto de Gilmar, já havia seis votos pela condenação de Marcos Valério, Cristiano Paz, Ramon Hollerbach, Simone Vasconcellos, a ex-presidenta do Rural Kátia Rabello, e o ex-vice-presidente José Roberto Salgado. Agora, são sete. Já pela culpa de Tolentino e de Samarane são seis. “É muito claro que as várias transferências não seria possível sem a participação dos dirigentes do banco”, afirmou. Ainda faltam votar os ministros Celso de Mello e Carlos Ayres Britto. A expectativa é que o item 4 seja encerrado ainda hoje.
Deixe um comentário