Dilma chegou com candidato petista à prefeitura da capital gaúcha, Raul Pont, e com ex-ministro do Trabalho, Miguel Rossetto. Os dois tiveram o acesso negado, e Pont só conseguiu entrar no local de votação após negociação com agente da Polícia Militar que atuavam na área. O candidato estava com uma mancha de sangue na camisa branca, mas disse ter sido apenas empurrado no meio da confusão, e não foi ferido.
Leia também
O tumulto foi causado pela ação da Brigada Militar junto à imprensa e à multidão de manifestantes que se aglomeravam no local. A candidata a vice na chapa de Raul Pont, Silvana Conti, também foi impedida de entrar e disse ter sido agredida por um PM com um chute no joelho. Uma porta de vidro que dá acesso à escola foi quebrada.
A proibição foi uma determinação do juiz eleitoral Niwton Carpes da Silva, da 160ª zona eleitoral, que afirmou que Dilma é uma cidadão comum e, portanto, não pode ter o voto registrado. “Registrar voto na urna é errado. Se outros ex-presidentes têm seus votos gravados, um erro não gera um precedente”, argumentou o juiz. Para ele, a imprensa teve um “comportamento de manada”, o que provocou a ação da Brigada Militar.
A ex-presidente lamentou o episódio. “Acho um absurdo. Acho antidemocrático e indigno de uma democracia como a brasileira. Acho um absurdo impedir a imprensa de chegar aqui”, disse Dilma. “Eu sempre votei aqui, nunca houve isso. Nunca a Brigada foi chamada, nunca fecharam as portas. É lamentável”. Questionada sobre o fato da medida ser baseada no argumento de que ela seria uma cidadã comum, Dilma respondeu: “Se sou uma cidadã comum, tenho muito orgulho. Há que se ter orgulho de ser cidadã ou cidadão neste país”.
Publicidade
Deixe um comentário