A votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que inicialmente seria ontem (quarta, dia 4), foi adiada hoje para a próxima terça-feira. Isso pode refletir no recesso parlamentar, que começa no dia 18 de julho. No entanto, congressistas afirmaram que, com um acordo, será possível antecipar a votação.
O prazo vai ajudar o relator, deputado João Leão (PP-BA), que precisa analisar aproximadamente 560 destaques de emendas, feitas individualmente pelos congressistas ou elaboradas pelas comissões ou bancadas estaduais.
Na próxima semana, Leão vai apresentar em seu relatório quais emendas foram acatadas. O assédio na Comissão Mista de Orçamento foi grande, com grande número de deputados que não fazem parte do colegiado – sem falar nos lobistas e até funcionários do Congresso.
Numa reunião fechada na sala da comissão, que atrasou em mais de uma hora o início da sessão, o relator, contando com a ajuda de inúmeros colegas parlamentares e consultores legislativos, esclareceu as questões levantadas pela oposição mais cedo. O motivo foi uma errata aprovada, segundo os oposicionistas, sem o conhecimento deles.
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“As dúvidas sobre a votação foram esclarecidas”, afirmou Virgílio Guimarães (PT-MG), deputado que participou da reunião.
Outro parlamentar, contudo, fez troça sobre o pedido de análise da errata. “Aqui na Comissão de Orçamento há governistas e pelegos. Não existe oposição. Falo isso porque já fui pelego e sou governo”, declarou, pedindo para não ser identificado.
Assédio
É tamanho o assédio sobre o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias, João Leão (PP-BA), que até uma segurança da Câmara fez um pedido ao parlamentar. Insistia com ele uma ajuda para um parente que está internado em um hospital baiano, estado de Leão. Ele prometeu ajudar. (Lucas Ferraz)
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