Edson Sardinha
O desfile em sunga vermelha feito pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP) está dando pano para manga. Em nota divulgada à imprensa, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (PSDB-AM), defendeu que o colega seja advertido e se retrate publicamente.
“Foi gesto impensado e grave esse do senador Eduardo Suplicy. Merece séria advertência e exige retratação pública”, afirmou. Virgílio, porém, posicionou-se contra a eventual abertura de um processo de cassação de mandato por quebra de decoro. Ele alegou dois motivos: a falta da “mínima condição” de o Conselho de Ética julgar quem quer que seja e o fato de Suplicy ser “reconhecidamente um homem de bem”.
Conforme revelou o Congresso em Foco, o corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), abriu uma investigação preliminar para averiguar se Eduardo Suplicy quebrou o decoro por ter circulado pelo Salão Azul trajando uma sunga vermelha sobre o terno, a pedido da apresentadora Sabrina Sato, do programa humorístico Pânico na TV, da Rede TV!.
Assim como Virgílio, Alvaro Dias (PSDB-PR) e Serys Slhessarenko (PT-MT) também criticaram a atitude do petista, mas consideraram exagerada a decisão do corregedor de mandar apurar o caso.
Veja a íntegra da nota do líder tucano:
“Sobre o caso Suplicy
Foi gesto impensado e grave esse do Senador Eduardo Suplicy. Merece séria advertência e exige retratação pública.
Há rumores de que poderiam pedir a abertura de processo destinado à cassação do mandato por quebra de decoro parlamentar.
Nesta Legislatura, o órgão do Senado incumbido de proceder à apuração do fato e propor sanções está profundamente desgastado e partidarizado.
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, que ainda há pouco arquivou sumariamente as gravíssimas denúncias apresentadas contra o Presidente da Casa, não reúne, assim, a mínima condição para abrir processo contra o Senador Eduardo Suplicy.
O Senador cometeu falta muito grave, mas é reconhecidamente homem de bem.
Brasília, 16 de outubro de 2009
Senador Arthur Virgílio”
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