Após participar de reunião com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Coordenação Política, José Múcio, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse desconfiar da intenção do governo com a apresentação de uma proposta de reforma tributária.
Virgílio afirmou que prefere, por enquanto, não opinar sobre os pontos defendidos pelos ministros no encontro desta manhã. Mas questionou o envio da proposição ao Congresso no momento em que os parlamentares discutem a criação de uma CPI para investigar denúncias de irregularidades no uso dos cartões corporativos do governo federal. “No auge da crise dos cartões vem a reforma. É uma paixão muito súbita”, ironizou.
Na avaliação do líder tucano, além de desviar a atenção das recentes acusações, o governo pretende responsabilizar o Legislativo pelo eventual fracasso da reforma tributária. Segundo ele, o excesso de medidas provisórias (MPs) e o calendário apertado, em função das eleições, praticamente inviabilizam a aprovação da reforma ainda este ano. “Se o governo tiver intenção de fazer reforma, tem de zerar a edição de MPs”, cobrou. “Não vou mais brincar de negociar”, acrescentou. (Soraia Costa)
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