O vice-presidente da TAM, Rui Amparo, garantiu à CPI do Apagão Aéreo que a empresa fez a correta manutenção do Airbus 320 que explodiu semana passada, matando 200 pessoas aproximadamente. No depoimento, que ainda prossegue, ele afirmou aos deputados que a inutilização do reverso – equipamento auxiliar de frenagem – não contribuiu para o acidente, no qual o avião não conseguiu parar após pousar no aeroporto de Congonhas (SP).
"A operação da TAM é extremamente segura. Esse avião estava absolutamente seguro quanto às condições de vôo", defendeu Amparo. Ele afirmou que até se o outro reverso estivesse fechado, haveria segurança para pouso. Ampara disse que, embora a empresa tenha hipóteses para as causas do acidente, prefere não comentá-las. "Olhamos pelo lado da manutenção. A aeronave estava perfeita."
O deputado Vic Pires (DEM-PA) perguntou se Amparo teria coragem de colocar seus filhos naquele avião. O vice-presidente da empresa afirmou que faz, junto com os três filhos pequenos, viagens regulares entre São Paulo e o interior do estado. "Eu tenho total confiança na manutenção."
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Amparo contou que o funcionário da Anac que homologou a entrada em operação do Airbus 320 – comprado pela TAM em dezembro do ano passado de uma empresa de leasing em Xangai – foi o gerente de Fiscalização e Prognóstico, Jonas Pereira Santana. Ele assinou a vistoria no avião, segundo documento lido pelo vice-presidente aos deputados. (Eduardo Militão)
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