O empresário Luiz Antonio Vedoin disse, em novo depoimento à Polícia Federal, que jamais negociou dossiê contra o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) com os tucanos. Acompanhado por um advogado, em Cuiabá (MT), o sócio da Planam acusado de chefiar a máfia das ambulâncias não quis dar entrevistas. Durante o depoimento, ele voltou a acusar o empresário Abel Pereira.
Segundo Vedoin, Abel intermediava a liberação de verbas do Ministério da Saúde para a aquisição das ambulâncias superfaturadas. Em troca, recebia 6,5% de comissão em todas as emendas aprovadas. Abel teria agido durante a gestão do ministro Barjas Negri, com quem mantinha ligações.
Os empresários têm trocado acusações entre si. Abel nega as denúncias e afirma que Vedoin ofereceu um dossiê contra Mercadante, durante as eleições para o governo de São Paulo.
O delegado responsável pelo caso, Diógenes Curado Filho, embarca para São Paulo nesta terça-feira para ouvir os membros do diretório petista, como o presidente do PT-SP, Paulo Frateschi, o tesoureiro da campanha ao governo paulista, José Giácomo Baccarin, e o segundo suplente de senador, João Vaccari Neto.
Diógenes disse, na última quarta-feira, à CPI dos Sanguessugas, que a PF encontrou indícios de crime eleitoral como a utilização de caixa dois na negociação do dossiê. Apesar disso, o delegado afirmou que não conseguiu descobrir a origem do dinheiro.
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