Em depoimento à Justiça Federal de Mato Grosso, o empresário Luiz Antonio Vedoin declarou que teria negociado a venda de ambulâncias superfaturadas com o governador do Piauí, Wellington Dias (PT). Vedoin disse que pagou propina ao petista José Airton Cirilo, candidato derrotado ao governo do Ceará em 2002. De acordo com o líder da quadrilha dos sanguessugas, Cirilo teria recebido o dinheiro da suposta negociação no Piauí por meio de dois intermediários: José Caubi Diniz e Raimundo Lacerda Filho, sobrinho de Cirilo.
No depoimento, Vedoin também afirmou que o governador Wellington Dias teria participado das negociações, mas não diz se ele foi favorecido com propina. O projeto para a compra das ambulâncias no Piauí teve o valor de R$ 14 milhões, e foi realizado por Noriaque Magalhães, preso pela PF na Operação Sanguessuga. Noriaque teria trabalhado durante no gabinete do secretário da Saúde do Piauí à época, Nazareno Fonteles (PT-PI), hoje deputado federal. O parlamentar nega.
O dono da Planam, empresa que coordenou o esquema, ainda disse que as assinaturas do projeto e do convênio para a compra das ambulâncias foram feitas no gabinete de Wellington Dias, com presença do empresário, de José Airton Cirilo e de José Diniz.
Os R$ 14 milhões teriam sido divididos em três lotes. Vedoin afirmou que pagou passagens aéreas e diárias para Lacerda, Diniz e Cirilo por intermédio da empresa Aeroway Viagens e Turismo. De acordo com Vedoin, Cirillo teria até morado em um flat seu localizado no Mélia Brasília Hotel.
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