Em depoimento prestado nessa quinta-feira (21) à Polícia Federal, em Cuiabá (MT), o sócio-proprietário da Planam, Luiz Antonio Vedoin, apontado como o chefe da máfia dos sanguessugas, disse que foi procurado na "semana retrasada" pelos petistas Valdebran Padilha, Gedimar Passos e Expedito Afonso Veloso.
No depoimento, que durou quatro horas, Luiz Antonio Vedoin declarou que o dossiê anti-José Serra (PSDB) "não caracteriza nada de novo". Ele afirmou que os papéis "não representam prova nenhuma". Vedoin também assegurou que o candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, "não tem relação com a máfia dos sanguessugas".
No entanto, Vedoin acusa o empresário Abel Pereira "dizendo que ele recebeu valores para liberação de recursos pendentes na gestão de Barjas Negri (substituto de Serra em 2002) no Ministério da Saúde". Abel é apontado pela família Vedoin como operador da máfia sanguessuga na Saúde em 2002.
Vedoin informou que quatro folhas de papel, encontradas dentro do dossiê contra tucanos, eram a relação de prefeituras, de emendas ao Orçamento e da porcentagem de propina referentes a acertos com Abel na compra de ambulâncias. Ele entregou à PF os documentos que comprometeriam Abel.
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Vedoin garantiu que não fez negócio com a revista IstoÉ para dar entrevistas em troca de pagamento. Disse que receberia só R$ 1 milhão pelo material sobre tucanos, cujo destino disse ignorar, e negou conhecer a negociação com dólares.
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