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O presidente Lula escolheu sua cidade natal, Garanhuns (PE), para fazer o mais duro discurso desde as primeiras denúncias contra o seu governo. Mandou um recado para os adversários: “Eu nunca disse se seria ou não candidato à reeleição. No momento certo, direi. Se for, com ódio ou sem ódio eles vão ter de me engolir outra vez, porque o povo vai querer”, bradou Lula, para uma platéia de oito mil pessoas. Ao exigir respeito dos adversários, Lula disse que sua eleição se deve “ao povo, que acreditou e votou”. “E é a eles que eu prestarei contas no momento certo”, sustentou Lula, interrompido oito vezes por aplausos. O ato, que marcava o lançamento de mais um programa de agricultura familiar do governo, virou um comício de Lula como eventual candidato à reeleição. Mais uma vez o presidente criticou a imprensa: “Peço que os que não cometeram nenhum delito e que tiveram seus nomes nas manchetes dos jornais, que na hora em que ficar comprovado que são inocentes, pelo menos a imprensa brasileira divulgue e peça desculpas àqueles que acusaram injustamente”, avisou Lula. “Vamos ser duros com os culpados e justos com os inocentes. Muitas vezes misturam o arroz com a casca e depois a gente não sabe se vai separar o joio do trigo.” Leia também Depois de fazer comparações entre sua administração e a do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Lula disse ainda que há pessoas com medo de que ele possa provar que em quatro anos fez mais do que elas em oito. |
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