Estamos nos primeiros dias do ano, hora de reunirmos nossos melhores pensamentos para projetar o que queremos para nós mesmos, para aqueles que amamos e para o mundo pelos próximos 365 dias, e outros mais. Seja pelos rituais de passagem, muito apreciados nessa época, seja pela mudança que se constrói no dia-a-dia, o que se busca quando o calendário muda é o espírito da renovação e sua energia catalizadora.
Foi pela fé no novo e pelo desejo de mudar o país agora que me juntei a um grupo de pessoas que vivem pelo coletivo e que estão cansadas de assistir ao sequestro diário dos interesses públicos pelos privados na política.
Acredito que o país em que minhas filhas e netos vão viver pode ser mais humano. E me lembro aqui do exemplo da família Archangelo, da periferia de Ribeirão Preto. Entediados no início das férias escolares pela ausência de atividades culturais no bairro Parque Avelino, os quatro filhos de Amanda começaram a brincar de televisão. Em pouco tempo, a equipe de jornalismo do Canal Mirim já cobrava providências das autoridades locais diante da falta de pavimentação das ruas e de outros problemas da comunidade. Participação política de raiz!
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Também acredito que temos tecnologia para simplificar e tornar mais eficiente o acesso aos serviços públicos. Outro dia encontrei um engenheiro elétrico aposentado que me contou ter desenvolvido um aplicativo que permitiria controlar, além das rotas, o gasto de combustível, a velocidade e outros detalhes importantes no uso dos equipamentos de transporte público contratados pelo governo.
Já pensou na economia que seria possível fazer? Hoje, os contratos com essas empresas são feitos a partir de uma estimativa de preços. Não é interesse das empresas gastar menos ou prestar um melhor serviço, já que o governo vai continuar pagando do mesmo jeito. Tanto que o engenheiro não conseguiu testar sua invenção adequadamente, porque ela assustou as empresas de transporte…
E, certamente, o Brasil pode ser mais sustentável. Durante os piores dias da crise hídrica que Brasília enfrenta, conversei com pessoas que vêm captando água da chuva em tanques próprios e reaproveitando a água do chuveiro e da máquina de lavar para outros usos. Além disso, elas estão mudando a forma de se relacionar com esse recurso natural, não só por causa do rodízio imposto como reação à crise, mas pela consciência da importância da água para a manutenção da vida no planeta. Mais detalhes em breve no programa #Pela Cidade, no meu canal do YouTube #Politizando.
Penso, sobretudo, que esse país que quero deixar para as minhas filhas depende do meu esforço diário para me tornar um ser humano melhor. Vejo pessoas comprometidas com esse esforço na sociedade, nos movimentos de renovação da política, nas ONGs, nas associações de bairro, em todo grupo que se junta para tentar resolver coletivamente os problemas da comunidade, para fazer parcerias com o Estado ou fiscalizar os Poderes.
Pro-atividade, participação e disposição para mudança. São os meus votos para o Brasil de 2018, 19, 20, 21, 22…
Do mesmo autor:
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