Reportagem de hoje do jornal O Estado de S.Paulo afirma que o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, acusado de ser o operador do mensalão, ameaça revelar ao Ministério Público Federal tudo o que sabe sobre as transações que teria efetuado com políticos, principalmente aqueles ligados ao PSDB mineiro. O novo alvo do empresário seria Pimenta da Veiga, ex-ministro das Comunicações no governo Fernando Henrique Cardoso que recebeu R$ 150 mil das companhias de Valério. Pimenta e o empresário marcaram uma reunião em Belo Horizonte para discutir o assunto.
A explicação dada por Pimenta é de que o dinheiro foi recebido como pagamento por uma consultoria jurídica. Já Valério contradisse o ex-ministro ao tentar inocentá-lo, dizendo que o dinheiro teria sido doado ao tucano para ajudá-lo a cuidar da saúde do filho, que depois acabou morrendo de câncer.
Delação premiada
De acordo com a matéria, no domingo Valério manteve um encontro informal com dois procuradores federais. A intenção era tentar, pela segunda vez, o benefício da delação premiada. Em troca da redução de pena, o empresário daria nomes e documentos das operações de caixa 2 executadas pelas agências SMP&B e DNA.
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Um integrante do PT não-identificado teria dito ao jornal que “o empresário já foi advertido de que qualquer dado envolvendo o partido em novas denúncias será respondido com violência”. Por isso, o acordo de Valério deve se limitar mesmo ao PSDB, principal adversário do PT na disputa eleitoral deste ano. “Se indagado sobre o PT, Valério estaria disposto a apenas repetir o que disse na CPI dos Correios, para despistar o seu próximo alvo”, afirma a reportagem, assinada por Expedito Filho.
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