Em depoimento prestado na noite desta sexta-feira à Polícia Federal, o empresário Marcos Valério Fernandes voltou a negar as acusações que o levaram à prisão – em operação deflagrada ontem (10) pela Operação Avalanche, da Polícia Federal – com outras 16 pessoas (leia).
A PF os acusa de envolvimento em esquema de fraude fiscal, extorsão e corrupção em três estados brasileiros. O grupo criminoso, segundo a PF, era formado por empresários, despachantes aduaneiros, advogados e policiais civis, e atuava em São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais.
Réu do processo no Supremo Tribunal Federal sobre o escândalo do mensalão, Valério negou ainda ter tentado corromper policiais para beneficiar a cervejaria Petrópolis, que produz cervejas como a Itaipava.
De acordo com seus advogados, Valério tem relação de amizade com o dono da cervejaria, e apenas intermediava a compra de um terreno, em Minas Gerais, para a instalação de uma unidade da fábrica – que nega ter contratos de trabalho com o empresário.
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Um dos advogados de Valério, Marcelo Leonardo critica a dificuldade de acesso aos autos do inquérito, e disse que seu cliente também não teria “nada a ver” com o mensalão. O advogado diz ainda que só tomou conhecimento da menção à cervejaria por meio do mandado de prisão expedido pela Justiça Federal em São Paulo. (Fábio Góis)
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