O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o empresário Marcos Valério apresentaram, na CPI dos Mensalão, versões diferentes para os milhões de reais repassados ao PL. O ex-deputado disse que recebeu apenas R$ 6,5 milhões do empresário mineiro, a título de dívidas pessoais assumidas por ele da campanha do então candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2002, o PL foi vice na chapa de Lula.
Marcos Valério, entretanto, reiterou que os valores entregues ao PL somam R$ 10.837.500. Mas o empresário ressalvou que, quando fala sobre esse valor, não se refere ao ex-deputado Valdemar, pessoalmente, mas ao PL, como um todo. Uma vez, segundo Valério, os recursos foram repassados diretamente a Valdemar e, em ouras ocasiões, para o ex-tesoureiro do partido Jacinto Lamas e de seu irmão Antônio Lamas.
Apenas parte dos recursos, segundo Valério, foi entregue em dinheiro. Uma outra foi feita por meio de depósitos e cheques nominais à empresa Guaranhuns. A diretora financeira da SMPB, Simone Vasconcelos, que também participa da acareação, afirmou que jamais encontrou Valdemar nem fez quaisquer pagamentos a ele, mas apenas a Jacinto Lamas e à Guaranhuns.
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O relator da CPI do Mensalão, deputado Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG), questiona, no momento, Valdemar, Valério e o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares para esclarecer o porquê da diferença de R$ 4,337 milhões entre as versões do presidente do PL e do empresário mineiro.
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