O empresário Valdebran Padilha, preso em setembro deste ano em um hotel de São Paulo com parte de R$ 1,7 milhão que seria utilizado para comprar um dossiê contra políticos do PSDB, é acusado por uma ação trabalhista e um inquérito policial na prática de caixa dois na campanha eleitoral em 2004 do secretário-geral do PT de Mato Grosso, Alexandre Luís César. O petista disputou a prefeitura de Cuiabá (MT).
De acordo com reportagem de Hudson Corrêa, da Agência Folha, com base no inquérito e na ação trabalhista, o Ministério Público Federal vai denunciar Alexandre Luís por fraude na prestação de contas eleitorais. A denúncia deve ser protocolada no início da próxima semana.
A PF aponta que secretário-geral deixou de declarar gastos de R$ 2.855,804,29, registrando despesa de R$ 2.126.463,89.
Alexandre Luís afirmou ontem (16) que houve confusão nas contabilidades da despesa eleitoral e de uma campanha do partido, feita antes das eleições de 2004, chamada "O PT Quer Ouvir Você".
Os valores não-declarados à Justiça Eleitoral correspondem, de acordo com o secretário-geral da legenda, à campanha do partido, e não a seus gastos nas disputas eleições. Alexandre Luís afirma que o empresário Valdebran Padilha atuou em sua campanha na arrecadação de recursos, mas não assumiu em nenhum momento a função de tesoureiro.
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Se comprovada, a fraude está prevista no Código Eleitoral com pena de reclusão de até cinco anos.
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