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Assista aos trechos editados e cortados, segundo o Globo
De acordo com a reportagem, uma versão originalmente feita por jornalistas da TV exibiu as críticas ao deputado e foi veiculada sem cortes no portal da Câmara na internet. No dia seguinte, porém, o programa veiculado pela TV suprimiu as críticas e referências às acusações contra Cunha. Posteriormente, a versão da internet foi substituída pela exibida na emissora, ou seja, com os cortes. O programa tem como objetivo apresentar os principais fatos da semana na Casa.
Durante a sessão, deputados da base e da oposição criticaram Felipe Bornier (PSD-RJ), que presidia os trabalhos, por ter anulado a reunião do Conselho de Ética que tentava votar o pedido de abertura do processo por quebra de decoro parlamentar contra Cunha. Na sequência, o peemedebista assumiu o comando da sessão e passou a ser cobrado pelos colegas. Segundo O Globo, o corte foi de seis minutos, o que reduziu a “rebelião” de 9 minutos e 20 segundos para 3 minutos e 20 segundos.
Além de Mara Gabrili, outros parlamentares tiveram suas falas suprimidas, como os líderes do PPS Rubens Bueno (PR), do DEM, Mendonça Filho (PE), e do PCdoB, Jandira Feghali (RJ), e o tucano Betinho Gomes (PE).
Procurado pelos repórteres Isabel Braga e Evandro Éboli, o diretor-executivo da Secretaria de Comunicação Social da Câmara, Cláudio Lessa, confirmou os cortes e disse que as supressões foram feitas porque “não houve o contraditório. Embora presente, Cunha preferiu não responder os colegas. “Eles estavam batendo no Cunha, mas ele não se defendia. Não houve o contraditório. Ele não respondia e não dava o contraponto. Corríamos o risco de ser injustos e tendenciosos naquela primeira edição”, declarou.
Parlamentares atingidos pelos cortes classificaram a edição como censura e cobraram manifestação da Mesa Diretora. Procurado pelo jornal, Cunha disse estranhar a preocupação dos jornalistas com os cortes já que, segundo ele, O Globo dá mais espaço a ataques de seus adversários.
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