A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT) e futura ministra do Turismo, além de assumir uma pasta considerada de segundo escalão e não poder contar com a desejada incorporação da Infraero, também não terá o controle total dos recursos. Ela vai herdar um orçamento feito pelo antecessor, Walfrido dos Mares Guia, que assumirá as Relações Institucionais.
De acordo com matéria publicada na edição de hoje (20) do jornal O Estado de S.Paulo, para liberar parte dos recursos do ministério, Marta terá que negociar com Mares Guia, que será o responsável por articular o pagamento de emendas parlamentares com a equipe econômica e o Congresso.
Segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), o governo reservou R$ 703 milhões para o Turismo. Mas, na votação do Orçamento no Congresso, Walfrido dos Mares Guia conseguiu elevar a verba para R$ 1,8 bilhão. Para o programa de apoio a projetos de infra-estrutura na área do turismo, Mares Guia elevou as dotações de R$ 23,5 milhões para R$ 1,02 bilhão. O ministro também aumentou o orçamento da pasta com emendas subscritas de parlamentares (R$ 650 milhões) e emendas aprovadas em comissões (R$ 370 milhões).
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Orçamento
Com o aumento da participação do PMDB no segundo mandato do governo Lula, de dois para cinco ministérios, a legenda supera o PT e passará agora a controlar o maior orçamento da União. Com as pastas das Comunicações, Minas e Energia, Integração Nacional, Saúde e Agricultura, o partido comandará R$ 37,4 bilhões (44%). O PMDB foi o principal ponte para o governo formar a coalização.
O PT, partido do presidente Lula, ficou em segundo lugar, e vai controlar 39,55%. Juntos, PT e PMDB vão comandar 84% do Orçamento, ou seja, R$ 71,1 bilhões – fora os recursos das estatais que os partidos administram. As informações são do jornal Valor Econômico.
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