O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), pode investigar a participação do senador Romero Jucá (PMDB-RR) em um suposto esquema de desvio de recursos de ministérios controlados pelo PMDB. Jucá foi envolvido em mais uma denúncia contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
De acordo com as revistas Época e Veja, o advogado Bruno Brito Lins, afilhado de Renan, buscou sacolas de dinheiro – uma delas com R$ 3 milhões – para o senador alagoano (leia mais). A denúncia pode render mais um processo no Conselho de Ética contra o senador alagoano. Renan já responde a três processo no colegiado. Ele é acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista, de ter favorecido uma cervejaria com o INSS e a Receita Federal, e de ter usado laranjas para adquirir empresas de comunicação em Alagoas.
A assessoria de Tuma afirmou ao Congresso em Foco que o senador deve receber amanhã o depoimento que Bruno prestou à Polícia Civil do Distrito Federal há oito meses. O senador paulista vai verificar se Bruno tem provas do que afirmou. A assessoria de Tuma também afirmou que um novo depoimento do advogado não está descartado.
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Conselho de Ética
O julgamento do parecer dos senadores Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS), que pede a cassação do mandato de Renan na primeira representação (onde Renan é acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista de uma empreiteira) pelo Conselho de Ética do Senado está marcado para a próxima quarta-feira (5).
Na última sessão do colegiado, o plenário do conselho decidiu que a votação do parecer deveria ser aberta. O que contrariou o entendimento do presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO) e de um dos relatores do processo, Almeida Lima (PMDB-SE).
Contudo, para que a votação seja secreta, os aliados de Renan podem recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) ou à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Eles avaliam que Renan terá mais chances se a votação for secreta. (Rodolfo Torres)
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