Apesar da possibilidade de liberação da bancada do PSDB quanto à votação da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) ter sido levantada ontem, durante a reunião do tucanato realizada à noite, os líderes do partido dizem que a situação não mudou e que a bancada continua fechada contra a continuidade do imposto.
Com os ânimos exaltados, o presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra (PE), chegou à reunião dizendo que não sabia quem tinha espalhado que os tucanos haviam mudado de posição. À tarde, ele havia garantido que não havia chances do governo conseguir um voto sequer dos senadores do PSDB.
O pivô das especulações foi uma proposta não divulgada oficialmente de que o governo estava disposto a se comprometer a destinar à Saúde todo o dinheiro arrecadado com a CPMF. Ao deixar a reunião, o vice-presidente do Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR) disse que se o governo quisesse fazer essa proposta, teria feito antes, pois teve um ano inteiro para pensar nela.
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O senador garantiu que independentemente da posição do partido votará contra a prorrogação do tributo e acrescentou que seria "desmoralizante" se o partido recuasse agora. (Soraia Costa)
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