O ministro José Delgado, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou há pouco o pedido de retirada do ar das fotos dos US$ 248,8 mil e R$ 1,168 milhão que seriam utilizados para a compra de um dossiê contra candidatos tucanos. O presidente do PT, Ricardo Berzoini, encaminhou no início da tarde uma petição para barrar a divulgação das imagens, publicadas hoje na internet.
O petista argumentou que as fotos não poderiam ser divulgadas porque fazem parte da investigação judicial aberta pelo TSE sobre o escândalo dossiês, que corre sob segredo de Justiça. Mas, em seu despacho, o ministro justificou que as imagens pertencem ao inquérito da Polícia Federal.
"Os fatos apontados pelo requerente têm curso em investigação procedidas pela Polícia Federal. Não há comprovação de que o segredo de Justiça concedido pelo relator do procedimento no TSE tenha se expandido a qualquer outro feito judicial ou de natureza investigatória em curso na Polícia Federal", escreveu Delgado.
O relator da investigação do TSE é o corregedor-geral eleitoral, ministro Cesar Asfor Rocha. Porém, como ele não está em Brasília hoje, coube a Delgado definir um parecer.
O dinheiro foi apreendido pela PF no último dia 15, em um hotel na capital paulista, com Gedimar Passos e Valdebran Padilha, ligados ao PT. Desde então, os agentes divulgaram apenas imagens do conteúdo do dossiê contra os tucanos – seis fotos e um DVD que mostram o ex-ministro José Serra e o presidenciável tucano, Geraldo Alckmin, ao lado de ambulâncias compradas pela máfia dos sanguessugas.
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As fotos do dinheiro haviam ficado em sigilo até a manhã de hoje, quando foram publicadas pela Agência Estado. (Diego Moraes)
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