O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu hoje um minuto de resposta para o presidente Lula, candidato à reeleição pelo PT, no espaço de propaganda eleitoral o presidenciável do PSDB Geraldo Alckmin. A coligação do petista protocolou representação contra uma inserção da campanha tucana que acusa Lula de não exigir a revelação da origem dos R$ 1,7 milhão que seriam usados na compra de um dossiê.
Na inserção, o locutor afirma que a Polícia Federal e o PT estão subordinados a Lula e que, mesmo assim, o presidente não exige a revelação da origem dos recursos. O ministro relator do caso, Carlos Menezes Direito, recomendou que a representação fosse considerada procedente.
O STF havia concedido direito de resposta, na semana passada, para outra inserção do PSDB, semelhante à julgada hoje. O advogado do partido, Eduardo Alckmin, argumentou na sessão desta segunda-feira, porém, que o texto das duas inserções era diferente.
Segundo ele, na primeira, o locutor afirmava que Lula "não revela" a origem dos recursos, o que permite presumir que ele saberia de onde teria vindo o dinheiro. Na outra, o advogado sustenta que o petista não cobra a resposta de seus subordinados. Direito, no entanto, afirmou que a situação do segundo caso é ainda pior.
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"Na minha concepção, esse é mais forte do que o outro, porque contem um comando", argumentou. O ministro Carlos Ayres Britto, que acompanhou o voto do relator, endossou a opinião. "Quando diz que ele não manda revelar, diz que ele sabe mas obstrui a revelação."
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