Fábio Góis
Em entrevista coletiva concedida há pouco, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski, informou que 390 ocorrências policiais foram registradas Brasil afora até as 16h30 deste domingo (31) – a maioria por delito de boca de urna. Destas, 232 terminaram em prisão, e 158 foram resolvidas pelas autoridades no local dos acontecimentos.
As primeiras parciais só começarão a ser divulgadas às 19h, devido à diferença de fuso horário entre os estados e o horário de verão, elementos que em alguns casos implicam duas horas de defasagem em relação ao horário oficial de Brasília. Participaram da reunião o procurador-geral da República, Roberto Gurgel; os ministros Henrique Neves, Joelson Dias e Arnaldo Versiani; e o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, Mozart Valadares.
O ministro fez menção aos episódios “curiosos” que foram verificados em estados como Pernambuco e Goiás, em que zona eleitoral foi roubada, mesária chegou bêbada para trabalhar e mulher foi detida por querer votar antes das 8h – casos por ele classificados como “incidentes sem maior relevância”. Das 420 mil urnas distribuídas em todo o país, 1452 (0,36%) apresentaram problemas técnicos. “Índice pequeníssimo”, disse o magistrado.
TSE: 77 pessoas presas; mesária bêbada é detida
Segundo Lewandowski, das Forças Armadas presta apoio logístico a 116 municípios brasileiros. “Isso foi absolutamente essencial para o funcionamento da eleição, que está transcorrendo normalmente”, festejou, lembrando que a votação de brasileiros no exterior já foi concluída. As eleições foram realizadas em 84 cidades de 63 países.
Lewandowski falou também sobre os gastos totais com as eleições (1o e 2o turnos), estimados em R$ 480 milhões. “Um custo barato para termos uma democracia funcionando em nosso país, e com esse grau de eficiência.”
TSE: eleição custa R$ 480 milhões aos cofres públicos
Por fim, o ministro lamentou as intempéries climáticas que atingiram estados como Mato Grosso e Rio Grande do Sul, em que chuvas intensas provocaram problemas de acesso e iluminação em seções eleitorais. A situação mais grave, segundo a assessoria do tribunal, foi verificada em Pelotas. “Uns entendem que houve até ciclone no Rio Grande do Sul, e a cidade mais afetada foi Pelotas”, destacou Lewandowski.
Leia também
Deixe um comentário