O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas Gerais rejeitou ontem (10), por unanimidade, as contas do deputado federal eleito Juvenil Alves (PT). De acordo com o relator do processo, Sílvio Abreu, a campanha do petista extravasou os limites legais e recomendáveis tanto na arrecadação de receitas quanto na efetivação das despesas.
Abreu tachou a movimentação financeira da campanha de “afrontosa e descabida”. Para o relator, Juvenil teria se valido de facilidades não disponíveis aos demais concorrentes para uma “desmedida” captação de votos, “fundado no abuso do poder econômico”.
“Tudo leva a entender que a prestação de contas propriamente dita nada mais é do que uma obra de ficção contábil”, ressaltou o relator.
De acordo com o diretor de Controle Interno e Auditoria do TRE, Adriano Denardi Junior, a análise da documentação apreendida pela Polícia Federal nos escritórios do petista (Juvenil é suspeito de chefiar um esquema para blindar o patrimônio de empresas devedoras de tributos) comprova gastos de campanha não declarados que giram em torno de R$ 600 mil.
A advogada de Juvenil, Marina Pimenta, declarou nesse domingo que pretende recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Leia também
Entretanto, a situação do petista é complicada, pois o Ministério Público Eleitoral já tinha proposto ao TRE uma ação de investigação judicial eleitoral, com pedido de suspensão da diplomação. (Renaro Cardozo)
Deixe um comentário