Esta semana, a coluna Sabores Brasília tem uma ótima surpresa para vocês: um papo gostoso e cheio de novidades com um dos chefs mais talentosos e premiados da cidade, Marcelo Petrarca, do Bloco C. Aberto há dois anos, o restaurante da 211 Sul vive cheio, e quem prova volta para degustar novamente as delícias que saem da sua cozinha. O Bloco C é sinônimo de qualidade, bom atendimento e gastronomia impecável, num ambiente acolhedor e com a cara de Brasília.
Agora o brasiliense ganha mais um empreendimento comandado pelo chef que acumula prêmios e fãs de sua culinária cheia de sabor. Vem aí o Inverso, no Hotel Blue Tree Premium Jade, no Park Sul. A ideia é resgatar as origens gastronômicas da capital, agora com a assinatura, a dedicação e o profissionalismo de Marcelo Petrarca. A abertura oficial será em dezembro, mas o restaurante já está funcionando “devagarzinho”, como diz o chef, que fala aqui das iguarias que está preparando para seu novo endereço e sobre a sua paixão pela arte de cozinhar.
Congresso em Foco – Como surgiu a ideia de encarar o desafio de tocar um novo restaurante? A gente sabe que cuidar de um já não é tarefa fácil …
Marcelo Petrarca – Eu já estava conversando com o hotel há bastante tempo. Na verdade, sempre quis ter restaurante num hotel.
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Por quê?
Porque isso antigamente era comum em Brasília, agora é que perdeu um pouco.
A ideia, então, é resgatar uma tradição do começo de Brasília? Uma volta às origens?
É, eu queria tentar isso. Foi um desafio muito grande. Entramos em operação três meses antes do previsto. Era para dezembro, mas tivemos que entrar em setembro. É mais um desafio. Inclusive o nome. Chama Inverso porque vamos tentar fazer o inverso do que os hotéis fazem. Fizemos uma parceria, o hotel acreditou na gente. Pegamos toda a parte gastronômica, o café da manhã, o serviço de quarto.
O estilo da culinária é o mesmo do Bloco C?
É o mesmo, mas o cardápio é diferente. Só o filé com rapadura é que terá nos dois lugares. O restaurante em si é o mesmo, mas os pratos serão diferentes. Os funcionários foram treinados no Bloco C. O restaurante é montado, com toalha, a comida é no estilo da do Bloco C, mas lá tem mais coisa, por ser em hotel. Tem até pizza. Tem omelete, hambúrguer. E o cardápio do serviço de quarto é o mesmo do restaurante. Sempre achei muito ruim você chegar em hotéis de noite e só ter omelete, sopa e hambúrguer. Então a gente solta o cardápio inteiro, 24 horas.
Qual será a capacidade do restaurante?
Noventa pessoas.
Como você define o seu estilo de cozinhar, a culinária de Marcelo Petrarca?
É uma cozinha fácil de comer, acho que é a melhor definição. É uma comida bem elaborada, com produtos de altíssima qualidade, só que sem muita complexidade. É uma cozinha simples, tendo mais sabor do que qualquer coisa.
O que lhe dá mais prazer na sua vida de chef?
A gente trabalha para a alegria dos outros. Então, o que me dá mais prazer é ser escolhido, entre tantas opções que Brasília oferece. As pessoas querem ter um momento de lazer, escolhem o restaurante para alguma comemoração. Acho muito legal. Há alguns dias recebi um casal que estava comemorando 46 anos de casado, foi super legal ter escolhido a gente. Tentamos passar isso para os funcionários para eles entenderem o quão importante é as pessoas estarem em nosso restaurante.
Você tinha ideia dos prêmios que iria conquistar e do reconhecimento que o brasiliense deu desde o primeiro momento ao o Bloco C? Você se preparou ou foi uma surpresa?
Eu me preparei. O Bloco C surgiu há oito anos em nossa cabeça, a gente demorou para concluir, pensou muito, desenhou muito. Durante esse tempo fui me preparando para assumir isso, fui plantando. Então, a gente colhe o que foi plantado. Surpresa não vou te falar que não houve, porque estaria sendo hipócrita. A gente mantém uma casa com 100 lugares praticamente cheia durante dois anos, isso realmente é uma surpresa. Mas a gente se prepara diariamente, essa é a verdade.
O cardápio do Inverso será variado, quais pratos você preparou especialmente para sua nova casa?
Todos (risos). Vai ter frango, uma carne que não coloco nos meus cardápios. Terá frango à parmegiana com batatas trufadas, que é muito legal; um salmão com couscous marroquino e molho de limão. Vai ter também o filé com rapadura, o carro-chefe do Bloco C, que não pode faltar. De sobremesa tem um suflê de chocolate com sorvete de baunilha feito na casa e também churros de banana.
Quando o restaurante começa a funcionar?
Já começou devagarzinho, a gente deve fazer uma inauguração agora em dezembro, mas já estamos na operação.
Então já se pode ir no Inverso?
Sim. O restaurante funciona 24 horas e está aberto ao público todo o tempo, almoço e jantar.
Como você vai se dividir entre as duas casas?
Bem, estou no Bloco C todo o dia e também lá, todos os dias. A gente acredita que é o momento de aproveitar a onda que estamos vivendo e deixar para dormir quando morrer (risos).
Quem vai ser o seu segundo no Inverso?
Meu segundo é o chef Pedro, o mesmo do “Bloco C em Casa”, do bufê.
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