Geraldo Magela/Ag. Senado
Patrimônio declarado ao TSE: R$ 23.877,65.
Valor da receita declarada na campanha de 2006: R$ 163.172,80.
Principais financiadores de campanha: Acre Com. Adm. Ltda, Ricardo Valadares Gontijo, Novesa Veíc. Auto. Ltda, Recol Repr. Com. Ltda, Comitê Fin. Dis./Est. p/ Sen. da República PT/AC, Eufran Ind. Com. de Lâminas Ltda, Madeireira S. Cristovão Imp. Exp. Ltda, Carlos Augusto Beyruth Borges, Com. Amazônia Ocidental Import. Export. Ltda, Mario Lauro Lysakowski Santin, Oliveira e Andrade Ind. Com. Imp. Exp. Ltda, Fernando Carvalho Lage, ACDA Imp. Exp. Ltda, Jacome Ferreira Imp. Exp. e Acre Motors Ltda.
Processos: não tem processos ativos.
Quem é
Senador em segundo mandato, Sebastião Afonso Viana Macedo Neves, mais conhecido como Tião Viana, 47 anos, é o que possui a menor quantidade de mandatos legislativos entre os seis candidatos à presidência das duas Casas. Ele entrou para a política em 1998, quando concorreu e foi eleito ao Senado pela primeira vez. Viana fez parte da chapa vitoriosa do PT no Acre, que teve seu irmão, Jorge Viana, como vencedor da disputa ao governo do estado.
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Até o momento, Tião Viana tem o apoio de sete partidos, que somam 39 senadores: PT, PSB, PR, Psol, PRB, PDT e PSDB. O surpreendente apoio declarado pelos tucanos na noite da última quinta-feira (29) deu novo fôlego à campanha do petista, que conta, agora, com as dissidências nas demais legendas para alcançar os 41 votos necessários para se eleger.
Nascido em 9 de fevereiro de 1961 em Rio Branco (AC), Viana dedicou boa parte da vida à medicina. Estudou na Universidade Federal do Pará, onde se formou em 1986. No ano seguinte, o senador petista concluiu o curso de especialização em medicina tropical, do Núcleo de Medicina Tropical da Universidade de Brasília/Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro. Em seguida, fez pós-graduação em clínica médica no Hospital Universitário de Brasília.
Entre 1989 e o inicio de 1991, foi médico residente em doenças infecciosas e parasitárias no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo. Em 2003 recebeu o título de doutor, pela Universidade de Brasília (UnB), ao apresentar a tese Estudo Soro-Epidemiológico das Hepatites B e Delta na população de 12 municípios do Estado do Acre, Brasil.
Ao mesmo tempo em que concluía o doutorado, Viana passou a se destacar na bancada petista no Senado. Foi líder do PT e do bloco governista em 2003 logo após ter atuado como um dos coordenadores no Senado da agenda política da equipe de transição do governo Lula.
Em 2005, Viana foi eleito pela primeira vez 1º vice-presidente do Senado, mandato que renovaria dois anos depois. Com a crise área no Brasil, escancarada com o acidente do vôo 1907 da Gol em novembro de 2006, o petista assumiu a presidência da CPI do Apagão Aéreo em 2007.
Durante seu segundo biênio na 1ª vice-presidência, Viana teve o gostinho de sentar na cadeira mais importante do Senado. Isso aconteceu quando o então presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi acusado de receber dinheiro de um lobista. A partir dessa descoberta, o peemedebista virou alvo de várias denúncias, que resultaram no seu licenciamento do cargo e conseqüente renúncia.
O petista então assumiu interinamente o cargo, entre 11 de outubro até 12 de dezembro de 2007, quando Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) foi eleito para completar o último ano de mandato de Renan. Nos dois meses em que respondeu pela presidência, Viana enfrentou problemas na condução dos trabalhos. O principal deles era justamente o processo de cassação do mandato do peemedebista.
O processo, que resultou na absolvição do senador alagoano, rendeu ao acreano a antipatia do grupo de Renan, que, nos bastidores, atua agora para minar sua candidatura. Rompendo o acordo que era dado como certo pelo PT, em troca do apoio dos petistas a Michel Temer na Câmara, o PMDB decidiu ter candidato próprio à sucessão no Senado.
A expectativa de Tião é contar com o voto de senadores autodeclarados independentes dentro do PMDB para conquistar a vitória. Um voto, ao menos, ele já tem garantido: o do pernambucano Jarbas Vasconcelos, responsável pela articulação que resultou no apoio do PSDB ao petista. O senador Pedro Simon (PMDB-RS) pretende declarar o voto momentos antes da votação.
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